O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito caiu 3,2% em Ribeirão Preto, em nove meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, mas a queda no período da pandemia, entre abril e setembro, foi de 39,6%, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP).
Na comparação entre os dois períodos de seis meses – de abril a setembro –, a quantidade de vítimas fatais recuou de 48 em 2019 para 29 neste ano, 19 a menos. Já em nove meses foram 60 óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, contra 62 em 273 dias do exercício anterior, dois a menos em 2020.
Neste ano, foram dez mortes em janeiro, onze em fevereiro, dez em março, apenas três em abril, seis em maio, seis em junho, cinco em julho, três em agosto e seis em setembro. Entre abril e julho, a quarentena imposta pelos decretos de isolamento social estava mais severa, mas foi flexibilizada a partir de agosto.
Em setembro, o número de acidentes com mortes dobrou em relação a agosto, saltando de três para seis, alta de 100%. Na comparação com o mesmo mês de 2019, quando ocorreram sete óbitos, houve queda de 14,3%, um a menos, tendência de estabilidade.
Nos primeiros 31 dias do ano passado foram cinco falecimentos, mas dois no segundo, sete no terceiro, oito no quarto, onze no quinto, doze no sexto, três no sétimo, sete no oitavo e sete no nono. Trinta e três motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 2020, mais da metade das vítimas fatais (55%). Dez eram pedestres (16,7%), sete estavam de bicicleta (11,7%), oito de carro (13,3%) e duas não foram definidas (3,3%).
A média é de aproximadamente uma morte a cada cinco dias. A maioria das vítimas chegou a ser socorrida – 31 pessoas (51,67%) foram levadas para hospitais e unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos – e 29 morreram no local dos acidentes (48,33%).
Cinquenta das vítimas eram homens (83,33%) e dez, mulheres (16,67%). A maioria era de jovens entre 18 e 29 anos (14) ou adultos com idades entre 45 e 54 anos (13). Mais onze estavam nas faixas entre 55 e 64 anos, nove entre 35 e 44 anos e seis de 75 e a 80 anos ou mais. Quatro tinham entre 30 e 34 e mais três entre 65 e 74 anos.
As mortes ocorreram em colisões (26 casos), choques (oito), outros tipos de acidentes (doze) e atropelamentos (dez), além de quatro casos com informação não disponível. O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito recuou 15,2% em Ribeirão Preto no ano passado, na comparação com 2018, segundo o Infosiga-SP.
Foram 78 óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado – em 2019, com média de seis mortes por mês, uma a cada cinco dias. Em 2018, foram registradas 92 mortes, 14 a menos, com média mensal de quase oito casos, perto de uma vítima fatal a cada quatro dias.
Segundo o Infosiga-SP, no ano passado Ribeirão Preto registrou cinco mortes em janeiro, duas em fevereiro, sete em março, oito em abril, onze em maio, doze em junho, três em julho, sete em agosto, mais sete em setembro, oito em outubro, três em novembro e cinco em dezembro. A maioria das vítimas de 2019 era de motociclistas: 40 morreram nas vias da cidade, ou 51,3% do total.
Dezoito pedestres – ou 23,07% – também faleceram no perímetro urbano de Ribeirão Preto. Catorze estavam de carro, caminhão, ônibus ou outro meio de transporte não definido (17,95%), três eram ciclistas (3,84%) e três não foram identificados (3,84%). Sessenta e quatro eram homens – ou 82,5% – e 14, mulheres (ou 17,95%). Foram 27 colisões (34,61%), 21 atropelamentos (26,92%), 15 acidentes de outros tipos (19,24%), onze choques (14,1%) e quatro não disponíveis (5,13%)
Acidentes sem mortes também recuam 21,3%
O número de acidentes sem vítimas fatais em Ribeirão Preto recuou 21,3% durante a pandemia de coronavírus, entre abril e setembro deste ano, em comparação com o mesmo de 2019. Baixou de 2.083 para 1.639, ou seja, 444 ocorrências a menos.
Em nove meses, a queda é de 15,9%. Foram 2.965 acidentes entre janeiro e 31 de agosto de 2019 contra 2.493 em 273 dias deste ano, 472 a menos. A média diária baixou de dez para nove. Em 2020, a cidade registra um caso a cada duas horas e 40 minutos.
A cidade registrou 269 acidentes em janeiro deste ano, mais 327 em fevereiro, 258 em março, 195 em abril, 240 em maio, 293 em junho, 297 em julho, 326 em agosto e 288 em setembro. No mês passado, houve queda de 16,3% em comparação com os 344 do mesmo período de 2019, ou 56 ocorrências a menos. Também caiu 11,6% em relação a agosto, com 38 casos a menos.
Neste ano, 2.254 acidentes sem vítimas fatais ocorreram em vias municipais (90,44%) e 230 em rodovias e vicinais dentro do perímetro urbano (9,22%) – as informações de nove casos não foram divulgadas (0,35%). No ano passado foram 3.985 ocorrências, 332 por mês, onze a cada dia.
O pico ocorreu em maio, com 381 casos, e janeiro foi o período com menor incidência, com 276 sinistros – os números são atualizados mensalmente. Os dados fazem parte da nova plataforma Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), que antes só divulgava informações sobre óbitos na malha viária dos 645 municípios do Estado de São Paulo.