Tribuna Ribeirão
Geral

Mortes no país chegam a 5.466

TOMAZ SILVA/AG.BR.

O Ministério da Saúde di­vulgou, nesta quarta-feira, 29 de abril, que o Brasil registra 78.162 pessoas com covid-19. O núme­ro de óbitos subiu para 5.466. A taxa de letalidade é de 7%. Nas últimas 24 horas, foram 6.276 casos novos e 449 novos faleci­mentos. Até o momento, 34.132 pacientes estão recuperados (44%) e 38.564 estão em acom­panhamento (49%). Existem ainda 1.452 óbitos que estão em investigação.

Os dados foram apresen­tados pelo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante audiência por videoconferência do Senado Federal. São Paulo concentra o maior número de falecimen­tos (2.247). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (794), Cea­rá (441), Pernambuco (538), e Amazonas (380). Além disso, foram registradas mortes no Maranhão (166), Bahia (96) Pará (137) e Espírito Santo (76).

Também há óbitos em San­ta Catarina (44), Minas Gerais (80), Rio Grande do Sul (50), Paraná (82), Distrito Federal (28), Rio Grande do Norte (53), Amapá (31), Alagoas (41), Goi­ás (27), Paraíba (58), Roraima (seis), Piauí (24), Rondônia (15), Acre (17), Sergipe (12), Mato Grosso (11), Mato Grosso do Sul (nove), e Tocantins (três).

Grupos de risco
Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comobirdades, como cardio­patia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma, entre outras, também precisam redobrar os cuida­dos nas medidas de prevenção ao coronavírus.

Mundo
Segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins, o número global de pessoas com coronavírus está 3,18 milhões. O total de mortos no mundo é de 227.177 e a taxa de letali­dade de 7,1%. O Ministério da Saúde anunciou que deve rom­per o contrato de mais de R$ 1 bilhão com empresa de Macau, na China, que não cumpriu com a entrega de 15 mil res­piradores para combate a co­vid-19. O dinheiro não chegou a ser liberado pela pasta.

Com o calote, o governo federal aposta na produção na­cional de respiradores. O pro­duto é essencial para atender casos graves de pacientes de novo coronavírus. A ideia é en­tregar cerca de 14.100 respira­dores feitos no Brasil até julho. O governo aguarda a entrega por três empresas: Intermed (4.300 unidade), Magnamed (6.500), KTK (3.300).

Os recursos transferidos pelo Ministério da Saúde para Estados e municípios atingiu R$ 4,5 bilhões, de acordo com o ministro Nelson Teich. De emendas parlamentares, foram pagos R$ 2,5 bilhões e mais R$ 1 bilhão vai ser liberado na pri­meira semana de maio.

Os novos números da co­vid-19 colocam o Brasil como o segundo país do mundo com mais novos casos da doença e o quarto com mais novas mortes, considerando as últimas 24 ho­ras. Em novas contaminações no intervalo de um dia, só ficou atrás dos Estados Unidos, que registrou 23.901 casos da doença causada pelo novo coronavírus.

Os EUA são a nação mais afetada pela doença e corres­pondem por mais de um terço dos casos globais em sua tota­lidade. O número de novos ca­sos no Brasil foi maior do que aumento diário em países como França (1.520 novas contami­nações), Espanha (2.144 novas contaminações) e Itália (2.086).

Entre os principais países europeus, o Reino Unido foi o que apresentou o maior núme­ro de casos nas últimas 24 horas (4.076), e ainda assim com uma diferença de 2.200 casos para o dado brasileiro. O Brasil é o 11º país em número de casos (atrás de China, Irã, Rússia, Turquia, Alemanha, Reino Unido, Fran­ça, Itália, Espanha e Estados Unidos) e o nono em número de mortos (atrás de Irã, Alemanha, Bélgica, França, Espanha, Reino Unido, Itália e Estados Unidos).

Um dia depois de tratar com descaso as mortes por co­vid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal fez “tudo que é possível ser feito” para conter a crise causada pela pandemia e que não pode ser responsabi­lizado pelos mais de cinco mil óbitos. “Não vão botar no meu colo uma conta que não é mi­nha”, afirmou. Segundo o presi­dente, governadores e prefeitos que adotaram medidas de iso­lamento social é que devem ser cobrados. Autoridades de saú­de em todo o mundo garantem que sem as medidas o número seria ainda maior.

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