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Morte por gripe – RP tem 8,8% dos óbitos do estado

Tomaz Silva/Agência Brasil

O Brasil registrou 339 mor­tes pelo vírus da gripe até 28 de junho, informa o Ministério da Saúde. Nas últimas sema­nas, coincidindo com o início do inverno, houve aumento na circulação do vírus influenza nos estados de Paraná, Rio, Amazonas e São Paulo. No total, foram registrados 1.756 casos de Síndrome Respirató­ria Aguda Grave causadas pelo vírus influenza. A incidência maior é do tipo H1N1, que in­fectou 66,7% dos doentes. Nes­se mesmo período de 2018, a epidemia havia sido mais se­vera, com 745 óbitos e 4.226 casos notificados no País.

O Paraná tem o maior nú­mero de mortes no período – 52. No Rio de Janeiro, houve 41 óbitos e no Amazonas, mais 35. O Estado de São Paulo já soma 34 mortes desde janeiro, mas a metade dos óbitos foi entre maio e junho. Ribeirão Preto contabiliza, somente neste ano, três óbitos em de­corrência dos vírus H1N1 e H3N2 da influenza – “gripe A ou suína” –, ou 8,8% do total estadual computado até ago­ra pelo ministério, que pode ser mais elevado porque de­pende da comunicação dos municípios.

Um homem de 37 anos, portador de doença neuroló­gica que não tomou a vacina, e morreu em 23 de junho. Um senhor de 90 anos e uma mu­lher de 48 também faleceram após a infecção viral. O ho­mem de 37 anos morreu em um hospital da cidade depois de mais de 20 dias de interna­ção – deu entrada no setor de isolamento em 1º de junho e foi a óbito no dia 23 após contrair o H1N1. Na mesma data, uma paciente de 48 anos, portadora de diabetes e vacinada contra a influenza em 2019, morreu vítima do mesmo do vírus. Se­gundo a secretaria, no dia 9 do mês passado um paciente de 90 anos, portador de doença pulmonar crônica e que não foi imunizado, morreu de H3N2.

Havia quase um ano que a cidade não registrava óbito causado por algum dos vírus da gripe. No ano passado, du­rante quatro meses seguidos, a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa de H1N1 e H3N2 – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Des­de agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segun­do o Boletim Epidemiológico da SMS, os óbitos ocorreram em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e julho (nove).

Em 2017 não foi constata­do nenhuma morte na cidade, mas em 2016 doze moradores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, crescimento de 91,6%. Neste ano, até esta segunda-feira, 1º de julho, a cidade já registrou 17 casos de influenza de 151 investigados já foram confir­mados no município – três de Flu A não subtipado, três de Flu B, sete de H1N1 e mais quatro de H3N2. O município fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocadas por algum tipo de variação do vírus influen­za, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6%.

O mais recente balanço da campanha de vacinação con­tra o vírus influenza (gripe) em Ribeirão Preto, divulgado pelo Programa de Imunização na 0terça-feira (2), aponta que a cidade já vacinou 203.352 pessoas, sendo 166.949 dos grupos prioritários e 36.403 da população em geral, que desde 3 de junho também tem acesso às doses. A meta de imunizar 90% da popula­ção de risco deve ser atingida ainda neste mês.

Desde o início da campa­nha, em 10 de abril, a cober­tura é de 88,8% do público -alvo – faltam 5.506 (ou2,6%) – nas contas do Tribuna. No entanto, 36.403 ribeirão-pre­tanos que não estão no rol de prioridade também já foram imunizados, elevando o total para 203.352. O público-alvo da campanha é composto por 187.972 pessoas – número que corresponde a 90% da popu­lação dos grupos prioritários, de 208.858 ribeirão-preta­nos. Considerando este total, a cobertura chega a 97,4%, já computadas as 36.403 que não estão nos grupos de risco. A vacinação prossegue em 36 unidades de saúde.

Interior paulista
Na quinta-feira, a prefei­tura de Boituva confirmou a primeira morte pelo vírus da gripe na cidade. A vítima, uma mulher de 50 anos, foi inter­nada no fim de maio e não se recuperou. Em Laranjal Pau­lista, na mesma região, foi con­firmada a primeira morte pelo H1N1, mas a prefeitura não detalhou o caso. Outros óbi­tos pelo vírus influenza foram confirmados, desde o início da semana, no interior paulista.

Em Campinas, uma mu­lher de 63 anos morreu no dia 25 e os exames mostraram infecção por H1N1. A vítima não havia sido vacinada. Em São José do Rio Preto, foram confirmados dois óbitos. Na campanha nacional de vacina­ção contra gripe deste ano, o Estado ficou abaixo da meta de 90% de imunização dos gru­pos de risco (idosos, crianças de seis meses a um ano, entre outros), atingindo 73,4%. A maioria das cidades ainda tem vacina disponível nos postos.

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