Tribuna Ribeirão
Cultura

Morre Martha Rocha, a primeira Miss Brasil

ARQUIVO NACIONAL

A primeira Miss Brasil, Maria Martha Hacker Rocha, morreu aos 83 anos, no último sábado, 4 de julho, no Rio de Janeiro. De acordo com infor­mações, ela sofreu um enfarte do miocárdio, seguido de pa­rada respiratória. Chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

A ex-modelo foi eleita Miss Brasil em 1954, quando o con­curso passou a ser realizado oficialmente. Naquele mesmo ano, ainda ganhou o segundo lugar de Miss Universo, em um concurso nos Estados Unidos. Martha Rocha estava na Casa de Repouso Carol Caminha, em Icaraí, Niterói (RJ), onde morava há um ano e meio.

O corpo foi sepultado no domingo (5), no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em Ni­terói. Álvaro Piano, de 63 anos de idade, um dos três filhos da ex-miss, disse que a mãe sofria de enfisema pulmonar e no sá­bado (4) teve o quadro agravado por insuficiência respiratória.

Segundo Álvaro, há cinco anos Martha fez uma cirurgia no fêmur e após voltar para casa foi diagnosticada com uma infecção bacteriana intestinal super agressiva, adquirida no hospital. Ela permaneceu inter­nada por cinco meses em outra unidade hospitalar, mas desde então passou a ter dificuldade de se locomover e passava a maior parte do tempo deitada.

O filho revelou que ao ser identificado o enfisema pul­monar, Martha Rocha abando­nou o hábito de fumar, mas o pulmão já estava comprometi­do. Após vencer o concurso de Miss Bahia, Maria Martha Ha­cker Rocha foi eleita a primeira Miss Brasil em 1954, em uma cerimônia no Hotel Quitandi­nha, em Petrópolis, região ser­rana do Rio de Janeiro.

No mesmo ano, a baiana foi para os Estados Unidos re­presentar o Brasil no concurso de Miss Universo, mas acabou ficando em segundo lugar, per­dendo o título para a americana Miriam Stevenson. Uma versão na imprensa, que é reproduzi­da até hoje, conta que a perda do título foi uma consequência de Martha ter duas polegadas a mais no quadril.

Para a ex-Miss Brasil 1986 Deise Nunes, Martha Rocha foi uma grande referência não só para ela, mas para todas as meninas que participaram e ainda fazem parte do concur­so até hoje.
“Uma mulher icô­nica, de personalidade muito forte, que no ano de 1954 se tornou Miss Brasil e quase foi Miss Universo, só perdeu por causa das tais duas polegadas. Com certeza, para nós brasi­leiros, foi sim, a nossa Miss Universo 1954”.

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