Tribuna Ribeirão
Geral

Morre mais uma vítima de cerveja

WASHINGTON ALVES/REUTERS

Mais uma pessoa hospita­lizada após ingerir cervejas da empresa mineira Backer mor­reu no domingo (8), em Belo Horizonte (MG). O nome da vítima não foi confirmado pe­las autoridades mineiras, mas a Polícia Civil informou que se trata do sétimo óbito após in­ternação por síndrome nefro­neural atribuída à intoxicação por dietilenoglicol.

Substância tóxica usada em sistemas de refrigeração devi­do a suas propriedades anti­congelantes, o dietilenoglicol foi encontrado em dezenas de lotes de diferentes rótulos de cervejas produzidas pela cer­vejaria mineira Backer. Todas as pessoas que apresentaram sintomas da síndrome nefro­neural tinham consumido a bebida pouco tempo antes – o que levou as autoridades a in­vestigarem a fábrica e as cerve­jas da Backer.

As pessoas hospitalizadas apresentaram sintomas seme­lhantes – insuficiência renal agu­da de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser interna­da em até 72 horas após o surgi­mento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas cen­trais e periféricas que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da vi­são, alteração sensório, parali­sia, entre outros sintomas.

Até a publicação desta re­portagem, a Secretaria de Saú­de de Minas Gerais ainda esta­va verificando detalhes sobre este sétimo caso. Já a Polícia Civil confirmou que o corpo passava por necrópsia no Ins­tituto Médico-Legal (IML). Há mais de um mês não se registrava uma morte asso­ciada ao consumo da bebida. O sexto óbito confirmado pela secretaria estadual ocorreu no dia 3 de fevereiro e a identida­de da vítima não foi confirma­da. A quinta morte por intoxi­cação ocorreu no mesmo dia 3 de fevereiro.

A vítima foi o juiz titular da 28ª Vara do Tribunal Re­gional do Trabalho (TRT), João Roberto Borges, 74 anos. Na ocasião, ao menos 29 pes­soas tinham apresentado os sintomas de intoxicação por dietilenoglicol. Até o dia 7 de fevereiro, data em que a Se­cretaria de Saúde divulgou o último boletim sobre o caso, 31 casos suspeitos de intoxi­cação por dietilenoglicol já ti­nham sido notificados.

Desses, 26 pessoas eram do sexo masculino e cinco, do sexo feminino; 22 eram mora­dores de Belo Horizonte e os demais casos estavam distri­buídos pelas cidades de Cape­linha, Contagem, Nova Lima, Pompéu, Ribeirão das Neves, São João Del-Rei, São Louren­ço, Ubá e Viçosa.

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