Famoso principalmente por ter sido o técnico da grande “geração de prata” do vôlei masculino do Brasil, Bebeto de Freitas morreu nesta terça-feira, em Belo Horizonte, depois de ter sido vítima de um ataque cardíaco. Ele tinha 68 anos de idade e vinha exercendo a função de diretor de administração e controle do Atlético-MG, para o qual estava trabalhando quando se sentiu mal no início da tarde desta terça.
O dirigente integrava a nova diretoria do clube mineiro, da qual se tornou integrante após a eleição do presidente Sérgio Sette Câmara, no final do ano passado. E o ex-treinador se sentiu mal em evento realizado na Cidade do Galo, onde participou do lançamento do time de futebol americano do Atlético-MG, o Galo FA, em evento que ocorreu no fim da manhã.
Ele passou mal quando apresentava as acomodações da concentração atleticana e recebeu atendimento médico em um dos quartos do prédio do CT atleticano, mas não resistiu e acabou morrendo.
Bebeto foi jogador de vôlei do Botafogo, pelo qual conquistou 11 títulos estaduais consecutivos. Ganhou destaque como técnico da seleção brasileira masculina da modalidade, que ele conduziu ao vice-campeonato mundial de 1982 e ainda à medalha de prata na Olimpíada de 1984, em Los Angeles, onde liderou um time repleto de craques como William, Xandó, Montanaro e Renan.
Paulo Roberto Freitas, o Bebeto de Freitas, também foi o treinador do time da Atlântica Boavista na década de 1980, que rivalizou com a Pirelli, equipes que se tornaram referência no mundo do vôlei. Na década seguinte, descontente com a Confederação Brasileira de Vôlei, foi para o exterior, onde treinou a seleção italiana, sagrando-se campeão da Liga Mundial, em 1997, e do Mundial, em 1998.
Já em sua carreira como dirigente, a sua primeira passagem pelo Atlético-MG ocorreu em 1999, antes de voltar a trabalhar no clube em 2001. Foi também presidente do Botafogo entre 2003 e 2008 e em 2009 retornou ao Atlético como diretor-executivo.