Por Redação O Estado de S. Paulo
Ado Campeol, considerado o “pai do tiramisù” pela imprensa italiana, morreu aos 93 anos no sábado, 30. A informação foi confirmada pelo governador de Vêneto, Luca Zaia, mas a causa da morte não foi divulgada.
Dono do restaurante Le Beccherie di Treviso, ao norte da Itália, Campeol não criou a sobremesa, mas testemunhou o seu surgimento e a colocou no cardápio após a invenção por sua esposa, Alba Campeol, e pelo chef Roberto Linguanotto.
Nos bastidores da gastronomia italiana, há várias disputas sobre a real origem do tiramisù- alguns, inclusive, dizem que ele nasceu como afrodisíaco em um bordel na cidade de Trevisio, no norte da Itália.
No entanto, a história de que o Le Beccherie di Treviso é o berço do tiramisù ganhou relevância e aprovação por historiadores e especialistas.
Segundo Linguanotto, um dos responsáveis pelo nascimento da sobremesa, o prato foi fruto de um acidente durante a preparação do sorvete de baunilha quando colocou um pouco de queijo mascarpone em uma tigela com ovos e açúcar.
Ele sentiu que o sabor era agradável e resolveu contar à Alda, esposa de Ado Campeol.
Ela, então, adicionou biscoitos embebidos em café e polvilhou a sobremesa com cacau.