A cantora e atriz franco-britânica Jane Birkin, de 76 anos, foi encontrada morta em sua casa em Paris no domingo, 16 de julho, segundo informações divulgadas pelo canal BFMTV citando fontes próximas da artista. Jane era parceira do cantor francês Serge Gainsbourg e o dueto em “Je t’ aim moi non plus” marcou a história da música francesa. Ela disse recentemente que foi obrigada a cancelar shows devido a problemas de saúde.
Britânica, Jane desenvolveu praticamente toda a sua carreira artística na França. Em 2021, ela sofreu um AVC, mas retornou pontualmente ao trabalho. Jane era filha do militar francês Dave Birkin e da atriz inglesa Judy Campbell e nasceu em Londres em 14 de dezembro de 1946. Com a mãe, teve contato direto com o cinema desde criança.
Seus primeiros papéis foram em dois filmes premiados no Festival de Cinema de Cannes: “Le Knakck”, de Richard Lester, em 1965, e “Blow-Up”, de Michelangelo Antonioni, em 1967. Em 1968, Jane decidiu radicar-se na França, onde conheceu o cantor Serge Gainsbourg, com quem viveu uma história de amor que resultou em trabalhos de sucesso e também em escândalos ocasionais.
Seus gemidos em “Je t’ aim moi non plus” provocaram polêmica e o título chegou a ser proibido no Brasil em 1969. Gainsbourg inicialmente escreveu a música para a atriz francesa Brigitte Bardot, com quem teve um caso de amor tempestuoso. Bardot baniu a versão inicial da música, com seus vocais, e com essa decisão abriu caminho para que Jane Birkin se tornasse uma lenda.
Embora o casal Birkin-Gainsbourg tenha se separado em 1980, o compositor e cantor escreveu para ela um de seus álbuns de maior prestígio três anos depois, “Baby alone in babylone”, pelo qual foi premiada com um disco de ouro, algo que voltou a alcançar com “Arabesque”, em 2002. Paralelamente à carreira musical, Jane seguiu atuando, primeiro com papéis bastante cômicos como em “La moutarde me monte au nez” ou “La course à l’échalote”.