Tribuna Ribeirão
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Moro quer saber de conta de Mantega

O juiz federal Sérgio Moro man­dou intimar o ex-ministro da Fazen­da Guido Mantega (2006-2015/Go­vernos Lula e Dilma) para esclarecer sobre uma conta sua na Suíça, reve­lada pela própria defesa de Mantega em 2017. O magistrado da Operação Lava Jato deu prazo de 10 dias ao ex­-ministro dar as explicações.

“Intime-se Guido Mantega, na pessoa de seus defensores, para esclarecer se já obteve a documen­tação relativa à conta no exterior e do negócio que teria originado o aludido crédito, promovendo a sua juntada”, ordenou Moro.

Em maio do ano passado, a de­fesa relatou ao juiz que o ex-ministro abria mão “de todo e qualquer sigilo bancário, financeiro e fiscal, inclusive de conta estrangeira aberta”.

Segundo os advogados, a con­ta foi aberta antes de Mantega assumir o cargo de ministro da Fa­zenda e “recebeu um único depó­sito no valor de US$ 600 mil como parte de pagamento pela venda de imóvel herdado de seu pai”.

No documento, a defesa infor­mou dados da conta “Papilon Com­pany 111216” no Banco Picktet, na Suíça. Na ocasião, os advogados afirmaram que apresentariam docu­mentos ao juiz.

“Aproveita, outrossim, para es­clarecer que não espera perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior, mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer na­tureza como contrapartida ao exer­cício da função pública, conforme poderá inclusive confirmar o extrato da conta, documento que o peticio­nário se compromete a apresentar tão logo o obtenha da instituição fi­nanceira”, registrou a defesa.

Mantega foi preso em 22 de se­tembro de 2016, na Operação Arqui­vo X, 34ª fase da Lava Jato. Naquele dia, o ex-ministro acompanhava a mulher Eliane Berger (morta em no­vembro de 2017, vítima de câncer) em uma cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Sob suspeita de arrecadar pro­pinas para o PT em 2012 em con­tratos de duas plataformas, P67 e P70, ligadas à Petrobras, Mantega se entregou na portaria do hospi­tal. Ele foi solto no mesmo dia por ordem de Moro, que destacou, em sua decisão, o quadro de saúde da mulher do ex-ministro.

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