Tribuna Ribeirão
Política

Moro autoriza provas da Odebrecht em investigação

O juiz federal Sérgio Moro autorizou nesta segunda-feira, 30, que a Polícia Federal use a delação de executivos da Ode­brecht e a documentação ligada aos depoimentos em investi­gação sobre as palestras do ex­-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista controla a em­presa LILS Palestras, Eventos e Publicações – aberta em 2011, após ele deixar o governo.

A Operação Lava Jato suspei­ta que os pagamentos de palestras do petista, no Brasil e em países das américas Latina e Central e África, podem ter ocultado pro­pinas. Os investigadores apuram o recebimento direto de R$ 9 milhões de seis empreiteiras acu­sadas de cartel e corrupção na Petrobrás, e outros pagamentos indiretos e de outras empresas.

Criada para que o ex-pre­sidente pudesse dar palestras, a LILS movimentou entre 2011 e 2015 um total de R$ 52,3 milhões. Foram R$ 27 milhões recebidos, a maior parte de empreiteiras e grandes empresas, e R$ 25,2 mi­lhões em débitos.

A PF havia solicitado auto­rização “para utilização de todo o material amealhado nos autos para instrução do inquérito poli­cial instaurado para investigar pa­gamentos indevidos e lavagem de dinheiro relacionados à LILS Pa­lestras e ao ex-Presidente da Re­pública, e eventuais desmembra­mentos”. O Ministério Público Federal foi favorável à solicitação.

Moro liberou. “Ante a mani­festação convergente das autori­dades responsáveis pelo proce­dimento investigatório, defiro o requerido e autorizo a utilização das provas e elementos probató­rios destes autos para instrução das investigações encetadas no âmbito do inquérito policial e eventuais desmembramentos.”

A investigação pode gerar mais uma denúncia do Ministé­rio Público Federal, no Paraná, contra o ex-presidente. Lula foi alvo de três acusações da força­-tarefa da Lava Jato.

A primeira envolve o tríplex do Guarujá. O petista foi con­denado a nove anos e seis me­ses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Lula é réu em ação penal por supostas propinas da Ode­brecht. As vantagens indevidas incluiriam um terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil. Em outro processo, Lula responde por corrupção e lavagem de dinheiro relaciona­do ao sítio de Atibaia.

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