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MOGIANA – Viaduto custará até R$ 16,4 mi

A prefeitura de Ribeirão Preto publicou nesta terça-fei­ra, 31 de janeiro, no Diário Oficial do Município (DOM), edital de concorrência pública número 19/2022 para contra­tação de empresa especializada na execução de obra remanes­cente do viaduto no cruza­mento das avenidas Mogiana e Brasil, na Zona Norte.

A licitação será realizada no dia 6 de março de 2023. O valor estimado é de R$ 16.421.425,48. O viaduto, uma das 30 obras do Programa Ribeirão Mobilidade, só deve ficar pronto entre o fi­nal deste ano e início de 2024. Em 20 de setembro de 2022, a prefeitura de Ribeirão Preto rescindiu o contrato com a Ra­madam Engenharia e Empre­endimentos Ltda., a segunda empresa a assumir a obra.

Unilateral
A rescisão unilateral foi pu­blicada no Diário Oficial do Município (DOM). A Ramadan Engenharia venceu a licitação em abril, mas cinco meses de­pois ainda não havia reiniciado os trabalhos. A obra estava sob responsabilidade da Conterso­lo Construtora, que também acabou dispensada pela pre­feitura de Ribeirão Preto após paralisar os serviços.

O prazo para entrega não foi definido. A Ramadam En­genharia foi a única empresa a apresentar proposta para o prosseguimento da obra. Ven­ceu o certame ao apresentar or­çamento de R$ 14.509.365,49. Como a licitação não teve se­gundo colocado, a administra­ção municipal teve de lançar novo processo licitatório.

Em média, o trâmite até a homologação da empresa ven­cedora demora 90 dias. Mas pode haver interposição de recurso por algum dos parti­cipantes. Considerando que o prazo para a conclusão dos 38% que faltam da obra é de oito meses, o viaduto deve ser entregue à população entre o final de 2023 e início de 2024, caso não haja nenhum empe­cilho e a nova empresa cumpra o cronograma fielmente.

Advertência
A rescisão do contrato com a Ramadam Engenharia foi pre­cedida de sanção de advertência aplicada em julho, pela prefei­tura, pelo atraso no início das obras por parte da construtora. Os trabalhos não haviam sido retomados e nenhum trabalha­dor estava no canteiro de obras.

Mesmo assim, a empresa afirmou, em nota, que havia re­tomado as obras no local. Ago­ra, diz que não concorda com a rescisão unilateral por parte da prefeitura e que “vai adotar as medidas cabíveis”. Deve entrar com recurso judicial.

Em julho, a empresa infor­mou que por se tratar de obras de engenharia, seria necessária apuração de suas condições na oportunidade. “Encerrada a fase de apuração, as obras foram retomadas com o obje­tivo de seguir o cronograma regular de execução, conforme fotografias anexas à presente nota”, escreveu.

Imagens
Na época, no comunicado enviado ao Tribuna, a empresa anexou fotos de uma retroesca­vadeira e de um caminhão que estariam, em tese, trabalhando em terreno próximos à obra. A rescisão do contrato foi ba­seada na Lei das Licitações (nº 8.666/1993).

A prefeitura utilizou o que estabelece o artigo 77 e 78 da referida legislação que diz que a inexecução total ou parcial do contrato ensejará a sua rescisão, com as consequências contra­tuais previstas em lei ou regula­mento. A prefeitura disse que vai penalizar a empresa com multa de 10% sobre o valor contratado. Ou seja, R$ 1,4 milhão.

Dois anos
As obras do viaduto deve­riam ter sido entregues em ja­neiro de 2021, quando a prefei­tura rescindiu o contrato com a Contersolo Construtora. A empresa reivindicava reajuste do valor do contrato por causa da alta dos preços de insumos como o aço. A intervenção es­tava orçada inicialmente em R$ 19.870.000 e deveria ficar pronta em janeiro de 2021. Quando foi paralisada, 62% dos trabalhos haviam sido concluídos.

Em 2021, quando quatro das 30 obras do Programa Ribeirão Mobilidade – a versão tucana do Programa de Aceleração do Crescimento II (PAC da Mo­bilidade) – estavam paradas, o investimento total previsto nestas intervenções era de R$ 92.778.335.24. O valor total ago­ra é de R$ 91.193.922,64, mas as empresas que tiveram os contra­tos rescindidos receberam parte do pagamento.

Além da Contersolo Cons­trutora, o contrato de dois cor­redores de ônibus com a Coesa Engenharia foi rescindido. A Contersolo era responsável pela construção de dois viadutos na avenida Brasil e do túnel da pra­ça Salvador Spadoni, sob a ave­nida Nove de Julho.

Viaduto
Com dez metros de altu­ra, sete pilares e 165 metros de extensão, o viaduto será fun­damental para o corredor de ônibus Norte-Sul, beneficiando cerca de 700 mil usuários do transporte público. A ponte so­bre a linha férrea também será concluída, passando a ter o do­bro da largura, com 15 metros.

Ao todo, serão 48 mil metros quadrados de pavimentação, 3,6 mil metros cúbicos de con­creto e 350 toneladas de aço. A obra ainda beneficiará os bairros Ribeirão Verde, Jardim Aero­porto, Avelino Palma, Adelino Simioni, Heitor Rigon, Distrito Empresarial, Quintino Facci I e II, Tanquinho, Campos Elíseos, Vila Elisa e Vila Brasil.

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