A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de setembro registrou crescimento de 5,35%, na comparação com o mesmo período do ciclo passado. Foram processadas 41,76 milhões de toneladas contra 39,64 milhões. No acumulado da safra 23/24, a moagem atingiu 448,33 milhões, ante 406,33 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 22/23 – avanço de 10,34%.
Os dados são da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). Dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicam que, no mês de agosto, a produtividade dos canaviais no Centro-Sul foi de 90,5 toneladas de cana por hectare colhido. Esse valor representa um acréscimo de 23,2% diante daquele observado no mesmo período da safra 2022/2023.
No acumulado, o índice atinge 92,8 ton/ha nesta safra, em comparação com 75,7 ton/ha relatados na última safra – aumento de 23%. Na primeira quinzena de setembro permanecem em operação 261 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 244 unidades com processamento de cana, oito empresas que fabricam etanol a partir do milho e nove usinas flex. No mesmo período, na safra 22/23, havia 255 unidades produtoras em atividade.
No que condiz à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de setembro foi de 153,27 kg por tonelada de cana-de-açúcar, contra 158,51 kg por tonelada na safra 22/23 – variação negativa de 3,31%. No acumulado da safra, o indicador marca o valor de 138,74 kg de ATR por tonelada (-0,92%).
Produção de açúcar e etanol – A produção de açúcar na primeira metade de setembro totalizou 3,12 milhões de toneladas. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 22/23 de 2,87 milhões de toneladas, representa aumento de 8,54%. No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 29,26 milhões de toneladas, contra 24,65 milhões de toneladas do ciclo anterior (+18,68%).
Nos primeiros quinze dias de setembro, 2,12 bilhões de litros (-0,44%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 1,25 bilhão de litros (+2,14%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 867,32 milhões de litros (-3,93%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 16 de setembro, a fabricação do biocombustível totaliza 21,21 bilhões de litros (+5,54%), sendo 12,42 bilhões de etanol hidratado (+1,64%) e 8,79 bilhões de anidro (+11,59%).
Vendas de etanol – Na primeira quinzena de setembro, as vendas de etanol totalizaram 1,30 bilhão de litros, o que representa um aumento de 12,20% em relação ao mesmo período da safra 22/23. O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 467,91 milhões de litros – uma queda de 3,66% – enquanto o etanol hidratado, em movimento inverso, registrou venda de 833,24 milhões de litros – crescimento de 23,63%.
No mercado doméstico, as vendas de etanol hidratado na primeira quinzena de setembro mantêm o ritmo aquecido observado desde o início de agosto, totalizando 785,56 milhões de litros – variação de 19,71% em relação ao ano passado. Este resultado indica um aumento de 23% nas retiradas de hidratado por dia útil ante a segunda quinzena de agosto.
A maior procura pelo biocombustível decorre da maior competitividade frente ao seu concorrente fóssil desde o início de junho. No acumulado da safra 23/24, a comercialização de etanol soma 13,87 bilhões de litros, o que representa um aumento de 3,49%. O álcool hidratado compreende uma venda no volume de 7,92 bilhões de litros (-0,2%), enquanto o anidro de 5,95 bilhões (+8,86%).