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Ministros: empresas no exterior foram declaradas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, responderam a matérias que afirmam que am­bos teriam participações em of­fshores localizadas em paraísos fiscais. Os dois informaram que as empresas foram declaradas à Receita Federal, à Comissão de Ética Pública e às demais auto­ridades brasileiras competentes e não violam a legislação.

A existência de offshores no nome de Guedes e de Campos Neto foi revelada pelo Pando­ra Papers, investigação de um consórcio internacional de jor­nalistas com base em documen­tos vazados de 14 escritórios internacionais de abertura de empresas em paraísos fiscais no exterior. As matérias citam figu­ras públicas como políticos e até cantores e monarcas.

Segundo as reportagens, publicadas por quatro veículos brasileiros, a offshore Dread­noughts Internacional, nas Ilhas Virgens Britânicas, foi fundada por Guedes e por sua filha, a em­presária Paula Drumond Gue­des, em setembro de 2014. A companhia recebeu investimen­tos de US$ 8 milhões na abertu­ra e aportes de US$ 1,54 milhão em 2015, totalizando US$ 9,54 milhões. A empresa estava ativa até o último dia 28 de setembro.

No caso do presidente do Banco Central, a Cor Assets foi fundada em abril de 2004 no Pa­namá com capital de US$ 1,09 milhão, tendo recebido mais US$ 1,08 milhão dois meses mais tarde. A empresa foi fe­chada em 12 de agosto de 2020, mas passou 18 meses presidida por Campos Neto, desde que ele assumiu o comando do Banco Central, em fevereiro de 2019. O presidente do BC também foi controlador da offshore Rocn Limited, nas Ilhas Virgens Bri­tânicas, entre janeiro de 2007 e novembro de 2016.

Respostas oficiais
Em nota, o Ministério da Economia informou que toda a atuação privada de Paulo Gue­des foi devidamente informada à Receita Federal, à Comissão de Ética Pública da Presidência da República e aos demais órgãos competentes. As informações foram prestadas no momento da posse, no início do governo, em 2019. “Sua atuação sempre respeitou a legislação aplicável e se pautou pela ética e pela res­ponsabilidade”, destacou o texto.

O comunicado informou que Guedes se desvinculou de toda a atuação no mercado pri­vado desde que assumiu o cargo de ministro, conforme exigido pela Comissão de Ética Pública. O texto acrescentou que o Su­premo Tribunal Federal (STF) atestou a idoneidade de Guedes e a capacidade para exercer o cargo, no julgamento de uma ação impetrada pelo PDT con­tra o ministro da Economia.

Por meio da assessoria de imprensa, Campos Neto infor­mou que as empresas estão de­claradas à Receita Federal e fo­ram constituídas há mais de 14 anos, com rendimentos obtidos em 22 anos de trabalho no mer­cado financeiro. Ele informou não ter feito nenhuma remessa de recursos para a Cor Assets após a nomeação para função pública.

Segundo Campos Neto, todo o patrimônio em seu nome, no país e no exterior, foi declarado à Receita Federal, ao Banco Cen­tral e à Comissão de Ética Pú­blica. Ele disse ter pagado todos os impostos devidos, “com reco­lhimento de toda a tributação devida e observância de todas as regras legais e comandos éticos aplicáveis aos agentes públicos”.

A abertura de contas no ex­terior e a manutenção de offsho­res não são ilegais, desde que declaradas à Receita Federal e às demais autoridades. No entanto, o Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe que membros do alto escalão se­jam administradores diretos de investimentos estrangeiros no Brasil e no exterior após assumi­rem funções públicas.

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