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Política

Ministro do STJ anula condenação de Palocci

Foto: Lindomar Cruz/ Agência Brasil

O ministro interino Jesuíno Rissato, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta quarta-feira, 1º de dezembro, anular uma das condenações do ex-ministro Antonio Paloc­ci, do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e outros dez investiga­dos por desvios na Petrobras.

Nesse caso, Palocci – ex-mi­nistro dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva (Fa­zenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil) e ex-prefeito de Ribeirão Preto pelo PT em duas opor­tunidades (de 1993 a 1996 e de 2001 a 2002) – foi condenado a doze anos de prisão, mas, pos­teriormente, assinou acordo de delação premiada. Em junho de 2017, o ex-ministro, João Vacca­ri, Renato Duque e ex-executi­vos da Odebrecht foram conde­nados pelo ex-juiz Sergio Moro.

Na ocasião, o magistrado avaliou como procedente a de­núncia do Ministério Público Federal (MPF) de que Palocci teria recebido propina para atuar em benefício da cons­trutora Odebrecht no contra­to de construção das sondas marítimas, envolvendo crime de corrupção e de lavagem de dinheiro, na dissimulação e transferência do valor das pro­pinas, especialmente ao PT.

Ao analisar um recurso da defesa de Vaccari Neto, o de­sembargador entendeu que atos processuais devem ser anulados e remetidos para Justiça Eleitoral, juízo que tem competência para julgar o caso, que envolve crimes elei­torais conexos com comuns.

“Reconheço a incompetên­cia da Justiça Federal para pro­cessar e julgar o presente feito, declaro a nulidade de todos os atos decisórios, ressalvada a possibilidade de ratificação das decisões pelo juízo competente, determino a remessa dos autos à Justiça Eleitoral”, decidiu.

Na decisão, o magistrado se baseou no julgado do Supremo Tribunal Federal (STF) favorá­vel à competência da Justiça Eleitoral para investigar casos de corrupção quando envolve­rem simultaneamente caixa 2 de campanha e outros crimes comuns, como lavagem de di­nheiro, que foram investigados na Lava Jato.

Jesuíno Rissato é desembar­gador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e foi convocado para ocupar temporariamente a vaga do ministro Felix Fischer, que é relator da Lava Jato no STJ e está em licença médica.

A decisão atendeu a um pe­dido da defesa de Vaccari Neto, que indicou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curiti­ba, comandada pelo então juiz Sergio Moro durante a Lava Jato. O processo será agora re­metido à Justiça Eleitoral.

A denúncia da Lava Jato nesta ação penal tratava do chamado “Departamento de Propinas” da Odebrecht e acu­sava Palocci de negociar pa­gamentos ao PT com Marcelo Odebrecht. Os repasses eram supostamente facilitados por Vaccari Neto, e usados para pagar dívidas de campanhas.

Dentre os 15 réus da ação penal, onze assinaram acordos de delação premiada, como foi o caso de Marcelo Odebrecht. Ao todo,13 foram condenados em primeira e segunda instân­cias. Palocci foi condenado por Moro a doze anos e dois meses de prisão. Em segunda instân­cia, a pena foi fixada em nove anos e dez dias de reclusão. Vaccari Neto foi condenado a seis anos e oito meses.

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