A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP) poderá se tornar a mais nova cidadã ribeirão-pretana. Um projeto de decreto legislativo, de autoria da vereadora Gláucia Berenice (Dem), que concede a honraria, foi protocolado na semana passada no Legislativo municipal.
Na justificativa do projeto a parlamentar faz um resumo da trajetória pessoal e politica da ministra e destaca recentes ações que teriam sido implementadas por Damares Alves. Entre elas, ações com o objetivo de fortalecer a implementação de Frentes Parlamentares de Defesa das Pessoas com Deficiência e Doenças Raras nos municípios paulistas.
A parlamentar também destaca a atuação do Ministério da Mulher, que este ano teria destinado quase R$ 6 milhões para os Conselhos Tutelares de 50 municípios. Os kits de equipagem são personalizados e podem contar com veículos, computadores, impressoras, refrigeradores, bebedouros, cadeira para transporte de crianças, TV Smart e ar-condicionado portátil.
Nascida no Paraná, Damares já morou na cidade de São Carlos, graças à profissão do pai, o pastor da Igreja Quadrangular Henrique Alves Sobrinho, que foi fundador de quase uma centena de templos em todo o Brasil. Sob a influência paterna, Damares também se tornou pastora. Foi pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular e da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.
Considerada uma pessoa conservadora, Damares Alves já protagonizou polêmicas como ministra. Em 2019, após a posse de Jair Bolsonaro como presidente da República, publicou um vídeo nas redes sociais em que comemora a “nova era”. Nas imagens, ela afirmava que “menino veste azul, e menina veste rosa”. Com a repercussão negativa do vídeo, a ministra afirmou que seu objetivo foi, de fato, fazer uma declaração contra a “ideologia de gênero”, referindo-se à sexualidade das crianças.
A ministra também já apareceu em um vídeo dizendo que a igreja evangélica “perdeu espaço” na ciência quando “deixou” a “Teoria da Evolução” entrar nas escolas sem questioná-la. Em uma pregação de 2013, Damares já havia dito que é favorável ao ensino religioso nas escolas. No vídeo que circulou no início de 2019, ela é entrevistada pela pastora Cynthia Ferreira, então coordenadora do Portal Fé em Jesus.
O projeto que concede o título de cidadania para a ministra ainda não tem data marcada para ser votado.