Tribuna Ribeirão
Geral

Ministra Damares pode virar cidadã ribeirão-pretana

Agência Brasil/Valter Campanato

A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Hu­manos, Damares Alves (PP) poderá se tornar a mais nova cidadã ribeirão-pretana. Um projeto de decreto legislati­vo, de autoria da vereadora Gláucia Berenice (Dem), que concede a honraria, foi pro­tocolado na semana passada no Legislativo municipal.

Na justificativa do projeto a parlamentar faz um resumo da trajetória pessoal e politica da ministra e destaca recentes ações que teriam sido imple­mentadas por Damares Alves. Entre elas, ações com o objeti­vo de fortalecer a implementa­ção de Frentes Parlamentares de Defesa das Pessoas com De­ficiência e Doenças Raras nos municípios paulistas.

A parlamentar também destaca a atuação do Minis­tério da Mulher, que este ano teria destinado quase R$ 6 milhões para os Conselhos Tutelares de 50 municípios. Os kits de equipagem são perso­nalizados e podem contar com veículos, computadores, im­pressoras, refrigeradores, be­bedouros, cadeira para trans­porte de crianças, TV Smart e ar-condicionado portátil.

Nascida no Paraná, Da­mares já morou na cidade de São Carlos, graças à profis­são do pai, o pastor da Igre­ja Quadrangular Henrique Alves Sobrinho, que foi fun­dador de quase uma centena de templos em todo o Brasil. Sob a influência paterna, Da­mares também se tornou pas­tora. Foi pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular e da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

Considerada uma pessoa conservadora, Damares Alves já protagonizou polêmicas como ministra. Em 2019, após a pos­se de Jair Bolsonaro como pre­sidente da República, publicou um vídeo nas redes sociais em que comemora a “nova era”. Nas imagens, ela afirmava que “me­nino veste azul, e menina veste rosa”. Com a repercussão nega­tiva do vídeo, a ministra afirmou que seu objetivo foi, de fato, fazer uma declaração contra a “ideo­logia de gênero”, referindo-se à sexualidade das crianças.

A ministra também já apa­receu em um vídeo dizendo que a igreja evangélica “perdeu espa­ço” na ciência quando “deixou” a “Teoria da Evolução” entrar nas escolas sem questioná-la. Em uma pregação de 2013, Dama­res já havia dito que é favorável ao ensino religioso nas escolas. No vídeo que circulou no iní­cio de 2019, ela é entrevistada pela pastora Cynthia Ferreira, então coordenadora do Portal Fé em Jesus.

O projeto que concede o título de cidadania para a mi­nistra ainda não tem data mar­cada para ser votado.

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