O Ministério da Saúde ampliou o alcance da campanha de vacinação contra a gripe influenza, que teve início no dia 23 de março, com o atendimento de idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde. Agora, a partir de 16 de abril, na segunda fase, serão atendidos caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários, além de profissionais do sistema prisional, detentos e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos, que estejam detidos e sob medidas socioeducativas.
Essa fase inclui ainda os profissionais de forças de segurança e salvamento e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. A terceira etapa da vacinação da gripe, que começa em 9 de maio, vai atender professores de escolas públicas e privadas, além de gestantes, mães em fase de pós-parto, pessoas com deficiência, adultos de 55 a 59 anos, crianças de seis meses a menores de seis anos e povos indígenas.
De acordo com o Ministério da Saúde, a ação será realizada em postos de saúde de todas as regiões do País, ao mesmo tempo. Em Ribeirão Preto, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) voltou a suspender a campanha para idosos a partir de 60 anos porque não há mais doses disponíveis nos postos implantados em escolas e centros comunitários próximos às unidades de saúde de Ribeirão Preto.
A campanha deve ser retomada na próxima semana, mas ainda não há definição. A pasta informa que a aguarda a Secretaria de Estado da Saúde enviar mais doses ao município. Segundo balanço parcial da pasta, foram imunizadas 68.820 pessoas, cobertura de 88% do público-alvo, formado por 78 mil homens e mulheres com mais de 60 anos – a meta é atingir 70.200, ou 90% desta população.
Esta é a segunda vez que a imunização é suspensa na cidade por falta de vacina. Ribeirão Preto conta com postos fixos – um na Esplanada do Theatro Pedro II, no Centro – e também sistema “drive thru”, no Estádio Santa Cruz, campo do Botafogo. Segundo o Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde, neste ano já foram confirmados nove casos de SRAG – um de H3N2, um não identificado e sete de sars-cov-19. São três óbitos, um de cada cepa.
Segundo dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da SMS, Ribeirão Preto fechou 2019 com 13 mortes por gripe. São sete óbitos por H1N1, quatro por H2N3 e dois não subtipados. Em 2018, durante quatro meses seguidos, a secretaria contabilizou 23 mortes por causa de alguma cepa da “gripe A” – a maioria por H1N1 e H3N2.
Em 2017 foram constatadas cinco mortes na cidade, mas em 2016 treze moradores faleceram, além de uma em 2015. Em pouco mais de cinco anos, Ribeirão Preto acumula 55 óbitos por “gripe A”, além de 309 casos confirmados. Em 2019, a cidade registrou 62 casos de influenza de 276.