O Ministério da Saúde revisou os dados da dengue no país. Milhares de casos prováveis e mais de 30 mortes em decorrência da doença foram descartados. O total caiu de 6.526.362 contágios para 6.383.823. São 142.539 a menos, queda de 2,18%. O número de óbitos baixou de 5.395 para 5.362, baixa de 0,61% e 33 a menos. Outros 1.796 estão em investigação.
O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 3.143,8 para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia –, ante 3.214 do bálano anterior. A taxa de letalidade da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti é de 0,08 no geral e de 5,53 em casos graves, a pior epidemia da história.
O número de casos registrados em menos de dez meses de 2024 também é o maior da série histórica. Supera em 284,84% os 1.658.816 de todo o ano passado, 4.725.007 a mais. Também superou a estimativa do Ministério da Saúde, que previa cerca de 4,2 milhões de ocorrências.
Quebrou o recorde de óbitos de 2023, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000. São 4.283 a mais, alta de 396,94%. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados nesta sexta-feira, 20 de setembro, pelo do Ministério da Saúde. Entre os casos prováveis, 55% são de mulheres e 45% de homens.
Segundo o painel do Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo superou dois milhões de casos. Soma 2.124.103 contra 2.120.312 do balanço anterior, também em queda. De acordo com o painel, 25.448 dos 2.124.103 casos são graves com sinais de alerta. São 1.711 óbitos em decorrência da doença, contra 1.705 do balanço anterior.
Ribeirão Preto tem 41.720 ocorrências este ano, o maior volume da história da cidade, superando em 19,05% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 6.677 a mais em menos de nove meses, além de 58.023 sob investigação. Também já soma 29.418 a mais que as 12.301 de 2023 (dado revisado), aumento de 239,13%. Em menos de seis anos já são 36 óbitos.