O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM -RS), afirmou nesta segunda-feira (3) que o Ministério do Trabalho será extinto. Em entrevista a Rádio Gaúcha, ele declarou que as atribuições da pasta serão divididas entre os ministérios da Economia, da Justiça e da Cidadania.
“Uma parte [do Ministério do Trabalho] vai ficar com o ministro [Sérgio] Moro. É aquela ligada à concessão de carta sindical, [área em que] a imprensa já registrou problemas e casos de corrupção. A outra, ligada a políticas de emprego, ficará no Ministério da Economia, e outra [parte], no Ministério da Cidadania”, disse.
Questionado sobre onde ficaria a fiscalização de condições de trabalho, como o combate ao trabalho análogo ao escravo, Onyx disse acreditar que deve ir também para a Justiça, mas que não lembrava exatamente.
Há duas semanas, Onyx já havia informado sobre a decisão do governo de dividir as atribuições do Ministério do Trabalho, criado em 1930, no primeiro ano de governo de Getúlio Vargas.
Na época, a intenção era que uma parte ficasse com o novo Ministério da Cidadania e a outra, com uma Pasta da Produção, mas o futuro governo desistiu de criá-la.
“A produção acabou ficando no Ministério da Economia, até para poder fazer a retomada de emprego e renda e ele [Paulo Guedes] ter sob seu comando essas duas pontas. Ele tem o Planejamento, tem a Receita, a Fazenda, precisa uma parte do seu ministério ter atuação mais direta na geração de emprego e renda”, explicou.