Tribuna Ribeirão
Economia

Mínimo deveria ser de R$ 5,8 mil

© Marcello Casal JrAgência Brasil

Com base no preço da cesta básica de Florianópolis (SC), de R$ 700,69, a mais cara obser­vada pela pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeco­nômicos (Dieese), em outubro o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um traba­lhador e da família dele seria de R$ 5,886,50, valor que corres­ponde a 5,35 vezes o piso nacio­nal vigente, de R$ 1.100.

Em setembro seria de R$ 5.657,66, o que corresponde a 5,14 vezes o piso nacional. Em agosto deveria ser de R$ 5.583,90 mais de cinco vezes (5,07) o va­lor atual. O valor estimado pelo Dieese bancaria as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em outubro de 2020, o mínimo ideal seria de R$ 5.005.91, mais de quatro vezes (4,79) o mínimo oficial da época (de R$ 1.045).

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em outubro, ficou em 118 horas e 45 minutos, maior que em setembro, de 115 horas e dois minutos. Em agosto era de 113 horas e 49 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), veri­fica-se que o trabalhador remu­nerado pelo piso nacional com­prometeu, em julho, 58,35% do piso para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

Em setembro, o percentu­al foi de 56,53% e, em agosto, de 55,93%. O salário mínimo piso saltou de R$ 1.045 para R$ 1.100 este ano. O reajuste foi de 5,26%, sem reposição integral das perdas inflacionárias. Terá impacto de R$ 17,3 bilhões nas contas públicas, já que o piso é referência para benefícios da Previdência Social. Cada R$ 1 de aumento no salário mínimo tem um impacto de aproxima­damente R$ 351,1 milhões nas despesas do governo.

O governo prevê o salário mínimo em R$ 1.169 no próxi­mo ano, de acordo com o Proje­to da Lei Orçamentária (PLOA) de 2022, divulgado em 31 de agosto. Na Lei de Diretrizes Or­çamentárias (LDO) enviada ao Congresso em abril, a estimati­va para o mínimo do próximo ano era de R$ 1.147. São R$ 22 a mais, diferença de 1,9%.

A correção do salário míni­mo prevista no PLOA 2022 con­sidera apenas a inflação projeta­da pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2021, indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, mais uma vez os traba­lhadores, aposentados e pensio­nistas que recebem o mínimo não terão ganho real nos salários. A estimativa da equipe econômica para alta da massa salarial nomi­nal é de 8,94% em 2022.

Cesta básica
O Departamento Intersin­dical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) di­vulgou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos de outubro em 17 capitais brasi­leiras. Em São Paulo custa R$ 693,79. A mais cara é a de Floria­nópolis (SC), de R$ 700,69. As mais baratas são as de Aracaju (R$ 464,17), Recife (R$ 485,26) e Salvador (R$ 487,59).

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