O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira que os militares deverão compreender a dificuldade da situação econômica do Brasil na discussão do projeto que reforma a Previdência dos integrantes das Forças Armadas. O texto em debate no Executivo tenta fazer recomposição salarial e de outros benefícios perdidos pela categoria no passado. Maia reconheceu haver defasagem salarial dos militares, mas diz ver pouca margem para recomposição.
“O problema é que há uma defasagem grande salarial dos militares em relação aos civis, isso há. Mas o problema é que nós estamos no fim da festa, o Brasil quebrou e eles estão querendo entrar nessa festa no finalzinho, quando já está amanhecendo, a música já está acabando e não tem ninguém para dançar. Então é preciso analisar como compensá-los de alguma forma sem sinalizar para o Brasil que estamos empurrando essa festa por mais alguns anos, com o estado já quebrado e sem possibilidade de realizar investimentos,” disse Maia.
Ele destacou que os militares foram umas das únicas categorias que tiveram perdas salariais e de “penduricalhos” nos últimos anos, mas disse ser preciso compreender a dificuldade de ampliar despesas.
O presidente da Câmara descartou qualquer possibilidade de se manter regras como paridade e integralidade para os novos militares das Forças Armadas. “Para os novos é regime geral. O próprio governo está dizendo,” afirmou.