Tribuna Ribeirão
Cultura

Miguel e Alice são os nomes do ano

Miguel foi disparado o nome mais escolhido pelos pais dos recém-nascidos no Brasil no ano de 2017. De origem he­braica, está no topo da lista dos mais registrados no País, com 25.710 recém-nascidos. O le­vantamento inédito foi feito junto a 5.570 mil cartórios de 16 Estados brasileiros. Na sequência aparecem Arthur (21.161 registros de nascimen­tos) e Alice, o primeiro nome feminino da lista, com 18.508.

Um novo ranking, mais completo e detalhado, desenvol­vido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil) com base nas informações prestadas por todos os cartórios dos Esta­dos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Es­pírito Santo, Minas Gerais, Goi­ás, Distrito federal, Rondônia, Acre, Pará, Roraima, Amapá, Ceará, Pernambuco e Alagoas à Central Nacional de Informa­ções do Registro Civil (CRC Na­cional) mapeou um estudo completo sobre os nomes mais registrados no Brasil em 2017.

Os demais Estados ain­da adequam o sistema de seus cartórios para a CRC. A nova metodologia permitiu a segura identificação de nomes simples e compostos e a comparação efetiva para se chegar aos no­mes mais escolhidos dentre os 1.475.278 milhão de nascimen­tos registrados nestes Estados do País até o dia 10 de dezembro deste ano. Ao todo, a população brasileira escolheu um total de 47.404 nomes diferentes, alguns deles com ampla variação de gra­fia, além dos tradicionais nomes diferentes escolhidos pelos pais.

Em 2017, além dos três primeiros colocados, a lista nacional dos “dez mais” conta com Davi (15.372 registros), Heitor (13.718 registros), Va­lentina (13.193 registros), Ga­briel (12.636 registros), Helena (12.615 registros), Laura (12.594 registros) e Bernardo (12.529 registros). No ranking separado por sexo, os dez nomes mas­culinos mais escolhidos foram Miguel (25.710), Arthur (21.161), Davi (15.372), Heitor (13.718), Ga­briel (12.636), Bernardo (12.529), Lorenzo (11.098), Enzo Gabriel (10.195), Pedro Henrique (9.237) e Pedro (8.830). Já entre as mulheres, o ranking dos dez nomes mais re­gistrados foram Alice (18.508), Va­lentina (13.193), Helena (12.615), Laura (12.594), Sophia (12.449), Maria Eduarda (9.922), Lorena (9.202), Júlia (9.122), Heloísa (8.639) e Lívia (8.019).

Nomes tradicionais, da moda e variações – O estudo possibilitou identificar ainda um ranking nacional considerando­-se apenas o primeiro nome, as variações dos nomes mais comuns, além dos nomes me­nos comuns ou que caíram em desuso nos últimos anos. Con­siderando-se apenas o primeiro nome dos registros, o ranking muda completamente de pata­mar. Nesta situação Maria passa a ser o nome mais registrado, com 80.192 registros de nascimento, seguido por João (44.450), Ana (41.500), Davi (36.723), Arthur (34.831), Alice (24.420), Pedro (28.327), Enzo (24.923), Sophia (19.775) e Heitor (18.483).

Interessante observar que nomes tradicionais, como Ma­ria, possuem 885 variações de registros, sendo Maria Eduar­da o mais comum, com 9.922 registros. Na sequência estão Maria Clara (7.768), Maria Lui­za (6.183) e Maria Julia (5.655). Dos 80.192 registros de nomes com Maria, 73.775 são nomes compostos. Já Ana, possui 270 variações de nomes registrados, com destaque para Ana Julia (6.551), Ana Clara (5.885) e Ana Luíza (3.641). Dos 41.500 regis­tros com o nome Ana, 38.653 dão origem a nomes compostos.

Entre os homens João, possui 154 variações de nomes regis­trados, com destaque para João Miguel (10.343), João Pedro (6.303) e João Lucas (4.830). Das 44.450 crianças registradas com o primeiro nome João, 40.896 ficaram com nomes compostos. Já Pedro possui 232 variações de nomes, com destaque para Pedro Henrique (9.237), Pedro Miguel (1.741) e Pedro Lucas (1.585). Dos 28.327 Pedros re­gistrados, 19.433 ficaram com nomes compostos.

Nomes considerados “da moda”, também aparecem na lista, sendo Enzo uma das situ­ações mais curiosas, já que duas formas quase empatadas domi­nam o registro de crianças com este nome: Enzo Gabriel (10.195 registros) e Enzo (8.196). Em número maior registram-se as variações de Davi, sendo Da­vid Lucas o mais comum, com 4.485 registros, seguido por Davi Lucca, David, David Mi­guel e Davi Henrique.

Por fim, os registros de no­mes que chegaram a ser comuns em outras épocas e que cada vez mais caem em desuso, como Liliana, Sonia, Vicente, Raquel, Otacílio, Émerson e Regis. A lista traz ainda nomes “bem” di­ferentes, como Riquelmi, Moa, Darcksson, Ambar, Iasã, Zeonil­de, Dã, Steice e até um Donald, mas sem Trump.

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