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Mestranda da USP é Miss Universo Ribeirão 2021

FOTOS: ALFREDO RISK

A paraibana Mayrla Emila Vasconcelos, 25 anos, repre­sentará Ribeirão Preto no Miss Universo São Paulo. O evento será realizado, pela primeira vez em Ribeirão Preto a par­tir de 24 de setembro. No dia 2 de outubro será revelada a grande vencedora da disputa estadual. Mayrla recebeu a coroa e faixa de Miss Univer­so Ribeirão Preto 2021 nesta quinta-feira, dia 12.

O Miss Universo Brasil é dividido em três etapas. A pri­meira, online, com votação do público, júri e coordenadores selecionando candidatas por cidades. As candidatas se ins­creveram nessa primeira eta­pa pelo site www.missuniver­sebrazil.com.br (inscrições até segunda-feira, dia 16). Na segunda etapa, as candidatas são selecionadas para a fase estadual e dentre estas, uma é escolhida para representar seu respectivo estado.

A terceira e fase final será realizada em um navio. O público poderá escolher uma das Top 10 pela internet. En­tre os prêmios divulgados pela organização estão uma bolsa de MBA e R$ 50 mil.

Mayrla é modelo da agên­cia Station Models e veio para Ribeirão Preto há dois anos para fazer mestrado em To­xicologia pela Universidade de São Paulo (USP). É bilín­gue e estudante de Francês e Espanhol. Além disso, des­de 2018, é empreendedora e possui uma marca de moda íntima. Antes da coroação ela conversou com a reportagem do Tribuna. Confira.

Paraibana de 25 anos, Mayrla representará Ribeirão Preto no Miss Universo São Paulo

Tribuna Ribeirão – Como você começou a sua carreira de modelo e como surgiu a opor­tunidade de ser miss?
Mayrla Emila Vasconcelos – Nunca segui uma carreira de modelo de fato, quando era ado­lescente meu pai me levou em algumas agências, mas as pro­postas sempre eram para morar fora, então não dei sequência, já que ele queria que eu seguisse os meus estudos e morar sozinha em outro estado, quiçá em ou­tro país, não era uma possibili­dade. Então essa questão de ser modelo acabou meio que fican­do para escanteio. Entretanto, como sempre fui muito alta, isso continuou chamando atenção das pessoas, que acabavam me convidando para alguns traba­lhos na região, foi quando surgiu a oportunidade de participar do Miss Paraíba 2016, o qual acabei vencendo, e cheguei a participar do concurso nacional em 2016. Não tive tempo para me prepa­rar, e tudo foi feito meio que às pressas, então não obtive uma boa classificação, o que me frus­trou um pouco e me fez abando­nar de vez a carreira de modelo/ miss, me direcionando ao foco nos estudos, nem imaginava o que estava por vir.

A coroação Miss Universo Ribeirão Preto 2021 aconteceu na última quinta-feira no salão Alexandre Lima Beauty & Hair; No destaque a Miss 2019, Tabata Santi passando a faixa para Mayrla

Tribuna Ribeirão – Como surgiu Ribeirão Preto na sua vida?
Mayrla Emila Vasconcelos – Os estudos me trouxeram a Ribeirão Preto e Ribeirão Preto me trouxe a oportunidade de re­viver este sonho/vontade ainda não concluída. Decidi agarrar essa oportunidade da mesma maneira e dedicação que lido com minha carreira acadêmica. Tudo aconteceu muito natural­mente, em tempos tão sombrios, e de tanta dificuldade, o Miss Universo Ribeirão Preto 2021 se tornou a alegria dos meus dias, em meio ao estresse da vida aca­dêmica, os experimentos que muitas vezes não saem como es­perado, enfim, tenho agora essa válvula de escape, que tem me proporcionado coisas incríveis e amizades maravilhosas!

Tribuna Ribeirão – Quais são suas expectativas dentro do concurso?
Mayrla Emila Vasconcelos – Não basta a honra de ser a nova Miss Universo Ribeirão Preto 2021, também serei a anfitriã do Miss Universo São Paulo, estou muito ansiosa! Estou amando tudo que estou vivendo, sou muito grata por esse título que me foi confiado e espero hon­rá-lo trazendo mais uma coroa de Miss Universo São Paulo para esta cidade que me acolheu como uma mãe.

Tribuna Ribeirão – Você é paraibana, qual sua cidade natal?
Mayrla Emila Vasconcelos – Minha cidade natal é um as­sunto complexo (risos), pois te­nho várias. Vou resumir. Sou de Nova Palmeira, pequena cidade com 5 mil habitantes no interior da Paraíba onde vivi com minha família materna até os 9 anos, tão pequena que não tinha ma­ternidade na época, então nos meus documento oficiais sou de Pedra Lavrada, cidade vizinha, não muito maior, mas com um hospital melhor instalado. Aos 9 anos de idade me mudei para Campina Grande (PB) para mo­rar com minha família paterna que me oferecia melhores con­dições de estudo e desenvolvi­mento pessoal.

Tribuna Ribeirão – Vol­tando aos estudos, você é mestranda em Toxicologia. Como surgiu esse interesse? Fale um pouco de sua carrei­ra acadêmica.
Mayrla Emila Vasconce­los – Quando tinha uns 14 anos assistia muito ‘CSI Investigação Criminal’, e isso ficou na minha cabeça: quero trabalhar com isso. Pensei na carreira do di­reito, delegada, advogada… Mas não me identificava muito com as disciplinas do curso. Sempre fui mais da Química e das Exa­tas. Foi ai que vi que poderia ser Perito Oficial Criminal, então comecei a pesquisar as facul­dades que poderia fazer para alcançar esse cargo, e a Farmá­cia me trazia esse viés, além de outras facilidades como a exis­tência do curso na cidade que morava com a minha família. Seria uma profissão que me per­mitiria uma ampla gama de pos­sibilidades, ou seja, se no meio do caminho eu desistisse de ser perita eu ainda poderia traba­lhar em diversas outras funções, fora que é um curso que tem a química como uma de suas bases principais, que eu adoro, então me tornei Farmacêutica Generalista pela Universidade Estadual da Paraíba.
A base principal para ser perito é a toxicologia, então eu queria ser a melhor nessa área, no meu primeiro dia da gradu­ação já procurei a professora que trabalhava com isso lá na Paraí­ba e fiquei com a orientação dela até a conclusão do meu curso, juntamente a isso, pesquisei onde no Brasil eu poderia rece­ber o título de Toxicologista, e aparecia justamente a Faculda­de de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto como sendo a única em que você conclui a pós-graduação com esse títu­lo em específico. Já comecei a mandar meus e-mails, entrar em contato com o pessoal da pós, procurar cursos, ler os edi­tais das provas de seleção, e esse foi meu foco durante toda a gra­duação. Em janeiro de 2019 fiz minha primeira visita a Ribeirão Preto, para participar da Escola de Verão em Toxicologia, que hoje inclusive participo da orga­nização deste evento. Esse curso de verão foi decisivo para minha vinda permanente, acabei sen­do premiada como melhor tra­balho apresentado e de fato me identifiquei muito com a cidade, com as pessoas da pós-gradua­ção, os professores… Eu já sabia que meu lugar seria aqui.
Então, assim que conclui meu curso no fim de 2019 já passei em segundo lugar na pro­va de seleção da pós-graduação e me mudei de mala, cuia e Celta (risos). E cá estou eu, vencendo todos os desafios que a pande­mia nos trouxe, e pretendo ficar muitos anos por aqui, pois ainda tenho um ano de mestrado, qua­tro de doutorado e um de pós­-doutorado, no mínimo mais 6 anos em Ribeirão Preto.

Tribuna Ribeirão – E da pra conciliar essa vida de mo­delo, miss e a vida acadêmica?
Mayrla Emila Vasconcelos – Eu ainda estou aprendendo a conciliar, mas por enquanto meu mestrado está bem adian­tado, então consigo administrar bem, com esforço, calma, pa­ciência e muito trabalho, não é fácil, mas é possível.

Além de modelo na Station Models, Mayrla é mestranda em Toxicologia na USP Ribeirão

Tribuna Ribeirão – Você também é empreendedora no ramo de moda íntima. Tem que arrumar tempo para esse lado também, não?
Mayrla Emila Vasconcelos – Então, um dos grandes desafios de seguir na vida acadêmica é o baixo investimento. É quase im­possível viver só com a bolsa que nos é oferecida, então precisava de uma segunda renda. Logo, em meio à pandemia e no boom das lojas online, me veio a ideia de lançar a minha marca, já que gosto muito do meio de marke­ting digital, design e moda. Jun­to a isso, adicionei meu fascínio pela mitologia antiga, nomean­do a marca com o nome de uma antiga sacerdotisa e filósofa gre­ga chamada Diotima de Manti­nea, que é apresentada com um papel importante no Banquete de Platão, nele afirmada como mentora de Sócrates nas ques­tões de Amor. Para ela, o amor leva o indivíduo a buscar a bele­za, primeiro a beleza terrena ou os corpos bonitos. Então, sobe por degraus na escada do amor e, quando um amante cresce em sabedoria, a beleza procu­rada é espiritual ou almas bo­nitas. Estou nessa empreitada, tenho que exercitar a paciên­cia, pois o começo é bem difí­cil, mas está fluindo. Acredito que com a visibilidade do con­curso de miss a Diotima Brand terá um bom impulsionamento.

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