Novembro começou na última quarta-feira (1º) e com ele mais uma campanha de conscientização sobre o câncer. Se em outubro o mês foi rosa e serviu de alerta ao câncer de mama, em novembro a cor é azul e o combate é contra o câncer de próstata. Apesar de amplamente divulgado, o “Novembro Azul” não tem a chancela dos órgãos do governo federal. Nos sites do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) não há qualquer menção ao movimento.
A campanha é percebida nas redes sociais e órgãos de imprensa, principalmente em TVs com apresentadores usando um bigode, símbolo do “Novembro Azul”. A campanha dirigida particularmente aos homens visa conscientizar a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.
O “Novembro Azul” nasceu em 2003 na Austrália com o nome de Movember em uma comemoração ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado no dia 17. O Instituto Lado a Lado pela Vida trouxe a campanha para solo nacional com a mensagem de transpor o preconceito de homens procurarem o médico, proctologista, para a realização do chamado exame de toque.
Contrários – Mesmo com a participação de várias entidades não governamentais, eventos em várias cidades brasileiras e apoio de celebridades o “Novembro Azul” não recebe a chancela do Ministério da Saúde. Nos sites do Ministério e do Inca não há qualquer menção da campanha. No Wikipedia, ao citar o movimento, o texto diz que a entidade governamental repudia o movimento “devido à ausência de indicações científicas para a realização do rastreio”.
Além disso, cita que outras entidades como a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), o United States Preventive Services Task Force, o Canadian Task Force on Preventive Health Care e o United Kingdom National Screening Comittee se colocam contra ao “Novembro Azul”.
Apesar disso, o Inca traz a informação que o câncer de próstata é o mais freqüente em homens no Brasil, depois do de pele não-melanoma. Somente este ano, são esperados 61.200 casos novos da doença. Também disponibiliza uma cartilha com informações simplificadas sobre a doença em seu site oficial (www2.inca.gov.br).