Tribuna Ribeirão
Política

Mercosul e UE – Lula quer conclusão de acordo neste ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira, 25 de abril, esperar a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia ainda neste ano. Na avaliação do petista, o objetivo é que seja um acordo “equilibrado” e que contribua para a reindustriali­zação do país.

“O Brasil e os sócios do Mer­cosul estão engajados no diálo­go para concluir as negociações com a União Europeia e espe­ramos ter boas notícias ainda este ano”, disse Lula, em encer­ramento do Fórum Empresarial Brasil-Espanha. “É um acordo muito importante para todos e queremos que seja equilibrado e contribua para a reindustrializa­ção do Brasil.”

Para Lula, a Espanha poderá “ajudar muito” na conclusão do acordo. Lula fez novas críticas à taxa de juros no Brasil nesta ter­ça-feira e disse ser “impossível fazer investimento” no país com a taxa Selic a 13,75% ao ano. Na avaliação do petista, que partici­pava de um evento em Madri, na Espanha, empresários bra­sileiros precisam aprender a in­vestir fora do país.

“É impossível fazer inves­timento com taxa de juros a 13,75%. Espero que a Espanha coloque dinheiro para empres­tar mais barato para a gente po­der ter empresário que vem aqui buscar dinheiro emprestado”, disse. O presidente afirmou que as condições estão dadas para um aprofundamento da coo­peração econômica e comercial entre Brasil e Espanha.

De acordo com ele, a esta­bilidade política e crescimento da economia brasileira “volta­rão a trazer excelente retorno às empresas espanholas”. Ao citar condições para aprofun­damento da cooperação entre os dois países, com destaque à infraestrutura, Lula disse ser “entusiasta que setores públicos e privados andem de mãos da­das, porque só assim consegui­remos fazer um país crescer”.

Segundo o petista, o Brasil voltará a desempenhar papel de liderança na agenda climáti­ca e transição energética e será “implacável” no combate aos crimes ambientais. Ele disse querer atrair capital produtivo espanhol para o Brasil. Ao falar sobre seus objetivos no tercei­ro mandato, citou medidas que podem tornar a economia bra­sileira mais competitiva.

Mas pontuou que tal com­petitividade “não é um fim em si, mas um meio para aumen­tar a qualidade de vida da po­pulação”. “A competitividade que queremos não pode resul­tar na redução da renda dos trabalhadores, diminuição do emprego formal, restrição da liberdade dos trabalhadores ou desmonte das políticas públi­cas”, declarou.

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