Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o indexador oficial de preços no país – em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta semana pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana neste ano foi de alta de 2,47% para 2,65%. Há um mês, estava em 1,99%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,02%. Quatro semanas atrás, estava em 3,01%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem. A projeção dos economistas para a inflação já está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual (índice de 2,50% a 5,50%).
No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Em 9 de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de setembro foi de 0,64%. Em doze meses, a taxa acumulada está em 3,14%.
Preços administrados
O Focus indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2020. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 0,92% para 0,96%. Para 2021, a mediana passou de alta de 3,91% para 3,90%. Há um mês, o mercado projetava aumentos de 0,90% e de 3,84% para os preços administrados em 2020 e 2021, respectivamente.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.
Já a projeção para a Selic no fim de 2021 segue em 2,50% ao ano, igual a quatro semanas atrás. No caso de 2022, a previsão continua em 4,50% ao ano, igual a um mês antes. Para 2023, permanece em 5,50%, ante 5,63% de quatro semanas atrás. Atualmente, está em 2% ao ano.
PIB
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano ficou em 5%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – estava em 5,03% na semana passada. Há um mês, a estimativa era de baixa de 5,05%.
Para 2021, o mercado financeiro mudou a previsão do Produto Interno Bruto, de alta de 3,50% para 3,47%. Quatro semanas atrás, estava em 3,50%. No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 6,00% para retração de 5,98%. Há um mês, estava em baixa de 6,30%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 4,53% para 4,27%, ante 5,01% de quatro semanas antes.
Para 2021, a projeção para o câmbio seguiu em R$ 5,10, ante os R$ 5,00 registrados quatro pesquisas atrás. A previsão para a cotação do dólar passou de R$ 5,30 para R$ 5,35 ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5,10.