Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial de preços no país – em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta terça-feira, 13 de outubro, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 2,12% para 2,47%. Há um mês, estava em 1,94%.
A projeção para o índice em 2021 foi de 3,00% para 3,02%. Quatro semanas atrás, estava em 3,01%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções também eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.
O IPCA registrou inflação de 0,64% em setembro. No mesmo período do ano passado, houve deflação de 0,04%. A taxa é a mais elevada para o mês desde 2003, quando ficou em 0,78%, e também é superior á inflação de 0,24% de agosto. O acumulado em doze meses acelerou de 2,44% em agosto para 3,14% no mês passado, ante uma meta de 4% perseguida pelo BC este ano.
A margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 foi de 3,48% para 3,50%, ante 3,48% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 passou de 3,50% para 3,38%, ante 3,50% de quatro semanas antes.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Para o fim de 2020, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.
Já a projeção para a Selic no fim de 2021 seguiu em 2,50% ao ano, igual a quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, valor igual ao de um mês antes. Para 2023, permaneceu em 5,50%, mesmo percentual de quatro semanas atrás.
PIB
Os economistas alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A expectativa para a economia este ano passou de retração de 5,02% para queda de 5,03%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,11%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do PIB, de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
No Focus divulgado nesta terça-feira, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 6,30% para retração de 6,00%. Há um mês, estava em baixa de 6,90%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 4,53%, ante 5,50% de quatro semanas antes.
O Relatório de Mercado Focus mostra alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 5,25 para R$ 5,30, ante R$ 5,25% de um mês atrás. Para 2021, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio passou de R$ 5,00 para R$ 5,10, ante R$ 5,00 de quatro pesquisas atrás.