Tribuna Ribeirão
Economia

Mercado projeta inflação de 4,01%

MARCELLO CASALJR./AG.BR.

A inflação calculada pelo Ín­dice Nacional de Preços ao Con­sumidor Amplo (IPCA), inde­xador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve ficar em 4,01% neste ano. Essa é a previsão de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) sobre os principais indicadores econômi­cos e que consta no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 21 de janeiro.

Na semana passada, a pro­jeção estava em 4,02%. A esti­mativa segue abaixo da meta de inflação (4,25%), com interva­lo de tolerância entre 2,75% e 5,75%, neste ano. Para 2020, a projeção para o IPCA segue em 4%, há 81 semanas seguidas. Para 2021 e 2022, a estimativa permanece em 3,75%. A meta de inflação é de 4% em 2020, e de 3,75%, em 2021, com inter­valo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).

O BC usa como principal instrumento a taxa básica de ju­ros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano, para alcançar a meta da taxa inflacionária. De acordo com o mercado financeiro, a Se­lic deve encerrar 2019 em 7% ao ano e continuar a subir em 2020, encerrando o período em 8% ao ano, permanecendo nesse pata­mar em 2021 e 2022.

O Comitê de Política Mone­tária (Copom) aumenta a Selic para conter a demanda aqueci­da, e isso causa reflexos nos pre­ços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimu­lam a poupança. Quando o Co­pom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da taxa básica de juros indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para che­gar à meta de inflação.

Preços administrados
O Relatório de Mercado Fo­cus indicou nesta segunda-feira (21) a manutenção na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previ­sões do mercado financeiro para o indicador este ano continuou em alta de 4,80%. Para 2020, a mediana passou de alta de 4,00% para 4,20%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,80% para os preços admi­nistrados em 2019 e elevação de 4,00% em 2020. As proje­ções atuais do BC para os pre­ços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,10% em 2019 e 3,90% em 2020. Estes porcentuais foram informados no Relatório Tri­mestral de Inflação (RTI), divul­gado em dezembro.

Atividade econômica
O mercado financeiro re­duziu a projeção para o cres­cimento da economia, este ano. A projeção para a expan­são do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 2,57% para 2,53%. Para o próximo ano, a expectativa subiu de 2,50% para 2,60%. Em 2021 e 2022, a projeção segue em 2,50%. A previsão do merca­do financeiro para a cotação do dólar caiu de R$ 3,80 para R$ 3,75 no final deste ano. Para 2020, a previsão passou de R$ 3,80 para R$ 3,78.

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