A mediana do relatório Focus para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial – de 2024 subiu pela nona semana consecutiva, de 4,30% para 4,35%, distanciando-se ainda mais do centro da meta (3%) e aproximando-se cada vez mais do teto de 4,5%. Um mês antes, estava em 4,22%.
Considerando apenas as 116 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 continua em 4,37%. Para a inflação de 2025 passou de 3,92% para 3,95%, ante 3,91% de um mês atrás, segundo o Boletim Focus.
Considerando apenas as 116 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2025 passou de 4,00% para 3,97%. O BC espera inflação de 4,2% este ano e de 3,6% no ano que vem, no cenário de referência. No cenário alternativo, projeta IPCA de 4,2% em 2024 e 3,4% em 2025.
No último ciclo de comunicações, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como o seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em doze meses atinja 3,4% no período, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5%.
As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta Para 2026, oscilou de 3,60% para 3,61% após 14 semanas de estabilidade. Para 2027, segue em 3,50% pela 63ª semana consecutiva, indica no Focus.
Projeção suavizada – A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos doze meses subiu pela quarta semana seguida, de 3,93% para 4,05%. Um mês atrás, a taxa era de 3,73%. Essa medida deve ganhar importância nas análises do mercado após a regulamentação da meta de inflação contínua, que valerá a partir de 2025.
O mercado revisou as projeções para a inflação nos próximos meses. A mediana do relatório Focus para o IPCA de setembro passou de 0,36% para 0,50%, contra 0,23% um mês antes. A estimativa intermediária para outubro foi ajustada de 0,30% para 0,31%, ante 0,30% quatro semanas atrás, enquanto para novembro ficou estável em 0,22%, mesmo nível de um mês antes.
IGP-M – A mediana das estimativas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2024 subiu de 3,69% para 3,70%. Um mês antes, ela era de 3,75%. A estimativa para 2025 também oscilou positivamente, de 3,99% para 4,00%, mesmo nível de um mês antes. O indexador é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Selic – Depois da forte correção na semana passada, a mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 continua em 11,25% ao ano. Um mês antes, estava em 10,50%. O Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne nesta semana.
A projeção para a Selic no fim de 2025 subiu de 10,25% para 10,50% ao ano. Há quatro semanas, estava em 10,00%. Considerando apenas as 107 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a taxa Selic no fim de 2024 continua em 11,25%.
A estimativa intermediária para os juros no fim de 2025 segue em 10,50%, também incorporando apenas as 106 atualizações da semana passada. Os analistas de mercado mantiveram a mediana das expectativas para a Selic em 2026 em 9,50%. Um mês atrás, era de 9,00%. A Focus também traz a continuidade da projeção de 9,00% em 2027, mesmo patamar das últimas 17 semanas.
PIB e dólar – O Relatório de Mercado Focus elevou pela quinta semana consecutiva a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano subiu se 2,68% para 2,96%, segundo o BC. Há um mês era de 2,23%.
Considerando apenas as 81 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2024 segue em 3,00% Para 2025, o documento prevê crescimento de 1, 90%. Quatro semanas antes, estava em 1,89%.
Considerando as 81 respostas do mercado nos últimos cinco dias úteis, subiu de 1,88% para 1,90%. Em relação a 2026, a mediana continua em 2,00% pela 58ª semana consecutiva. O boletim ainda traz a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 60 semanas. A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 3,2%
A última estimativa divulgada pelo Banco Central, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. A mediana do relatório Focus para o dólar no fim de 2024 oscilou de R$ 5,35 para R$ 5,40, de R$ 5,31 um mês antes. A estimativa intermediária para o fim de 2025 passou de R$ 5,30 para R$ 5,35, ante R$ 5,30 de quatro semanas atrás.
Em relação ao superávit da balança comercial em 2024, a projeção passou de US$ 83,53 bilhões para US$ 82,87 bilhões, de US$ 82,44 bilhões um mês antes. Para 2025, a mediana passou de US$ 79,00 bilhões para US$ 77,65 bilhões, ante US$ 78,50 bilhões de quatro semanas atrás.