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Mercado prevê IPCA em 4,12% em 2024

Projeção de expansão da economia está em 3,1% este ano (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções de inflação para 2024, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial. A expectativa passou de 4,10% para 4,12%, segundo o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 5 de agosto, cerca de um ponto percentual acima do centro da meta, de 3%. Um mês antes era de 4,02%. 
 
Para 2025, foco principal da política monetária, saltou de 3,96% para 3,98%, ante 3,88% de um mês atrás. Considerando as 53 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 4,08% para 4,19%. Para 2025, subiu de 3,98% para 4,00%, segundo 53 projeções. 
 
Para 2026, a projeção permanece em 3,60% pela nona semana consecutiva. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa segue em 3,50%, como já está há 57 semanas. A inflação medida pelo IPCA fechou junho com alta de 0,21%. A taxa acumulada em doze meses ficou em 4,23%. 
 
Fechou o ano passado em 4,62%, dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), entre 1,75% a 4,75% e centro de 3,25%. O CMN definiu que o centro da meta continuará em 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. 
 
A partir do ano que vem, a meta de inflação oficial passa a ser contínua, apurada com base no IPCA acumulado em doze meses. Se ele ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, vai se considerar que o alvo foi perdido.  
 
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou projeção de 4,2% para o IPCA de 2024. Para 2025, é de 3,6%. No cenário alternativo, a autoridade monetária calcula que a inflação seria de 4,2% em 2024 e de 3,4% no ano que vem. 
 
IGP-M O Relatório de Mercado Focus indica o 14º aumento na inflação esperada para o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) este ano. Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a mediana das estimativas em 2024 passou de alta de 3,52% para 3,70%. Há um mês, a projeção era de 3,40%. Para 2025, a estimativa segue em 4,00%, ante 3,90% de quatro semanas atrás. 
 
Selic   A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2025 subiu de 9,5% para 9,75%, interrompendo uma sequência de seis semanas de estabilidade após o Copom ter reiterado a sua estratégia de manter os juros altos para consolidar a desinflação e ancorar as expectativas. O colegiado manteve a Selic em 10,5% pela segunda reunião consecutiva.   
 
Considerando apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2025 caiu de 9,75% para 9,5%. A estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2024 permanece em 10,5% pela sétima semana consecutiva. Considerando apenas as 41 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também continuou neste nível. O mercado também manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%. 
 
PIB e dólar – O Relatório de Mercado Focus elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano saltou de 2,19% para 2,20%, quinta alta seguida, ante 2,10% de um mês atrás.  
 
Considerando apenas as 26 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2024 subiu de 2,20% para 2,21%. Para 2025, o documento prevê queda na estimativa de crescimento, de 1,94% para 1,92%. Considerando as 26 respostas do mercado nos últimos cinco dias úteis, saltou 1,89% para 1,98%. 
 
Em relação a 2026, a mediana continua em 2,00% pela 52ª semana consecutiva. O boletim ainda traz a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 54 semanas. A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,5%. 
 
A mediana do relatório Focus para o dólar no fim de 2024 se estabilizou em R$ 5,30, contra R$ 5,20 um mês atrás. A estimativa intermediária para o fim de 2025 subiu de R$ 5,25 para R$ 5,30, contra R$ 5,20 quatro semanas antes., segundo o Focus. 
 
O mercado manteve a projeção de superávit comercial de US$ 82 bilhões este ano, o mesmo nível de quatro semanas atrás. A mediana para 2025 caiu de US$ 78,50 bilhões para US$ 78,0 bilhões, ainda acima de um mês antes (US$ 76,02 bilhões). 

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