Na contramão da crise econômica que afeta o Brasil, o mercado de flores estima um crescimento de até 9% para este ano e faturamento de R$ 7,2 bilhões. Em Holambra, do interior paulista cidade que responde por quase a metade (45%) da comercialização nacional, o crescimento previsto pelas duas cooperativas – Veiling e Cooperflora – deve ser ainda maior, em torno de 11%.
Além da otimização dos custos e da introdução no mercado de novas variedades de flores e de plantas ornamentais cada vez mais bonitas, resistentes e duráveis, os produtores contam com a visão estratégica das cooperativas de Holambra para facilitar o acesso ao produto pelo consumidor.
As regiões Sul e Sudeste, principalmente, registraram um importante incremento da comercialização em pontos de venda mais próximos aos consumidores, como nas redes de supermercados e varejões de médio porte.
Expoflora – As novidades, os lançamentos e as tendências da floricultura nacional estão sendo apresentados ao público na 36ª Expoflora, maior exposição de flores e de plantas ornamentais da América Latina, que vai até 24 de setembro, em Holambra, a 208 quilômetros de Ribeirão Preto.
O evento, que acontece de sexta-feira a domingo, é realizado anualmente justamente para dar visibilidade aos produtos e testá-los quanto ao gosto do consumidor. “A Expoflora é uma grande vitrine do que o setor de floricultura está oferecendo ao mercado”, diz Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura.
Os ingressos estão à venda na bilheteria do Parque da Expoflora (nos dias do evento), no site www.ingressorapido.com.br ou com os representantes informados no site www.expoflora.com.br. Informações pelos telefones (19) 3802-1499 e (19) 3802-1421.
Faturamento – Nos últimos anos, o faturamento do setor vem crescendo significativamente. Foram faturados R$ 5,7 bilhões em 2014, R$ 6,2 bilhões em 2015, R$ 6,65 bilhões em 2016 e, para este ano, a previsão de crescimento em todo o país é de 9% com faturamento de R$ 7,2 bilhões.
Nada comparável, no entanto, ao crescimento de 12% a 15% registrado entre 2011 e 2014. A queda foi provocada por mudanças no comportamento do consumidor. O mercado de flores é uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 199.100 empregos diretos, dos quais 78.700 (39,53%) relativos à produção, 8.400 (4,22%) à distribuição, 105.500 (53,00%) ao varejo e 6.500 (3,26%) em outras funções, na maior parte como apoio.
De acordo com Kees Schoenmaker, o mercado brasileiro ainda apresenta um grande potencial de crescimento. “O consumo anual de flores no Brasil é de R$ 26,50 por habitante. É pouco, se comparado ao consumo na Europa, onde o consumo médio por habitante é de R$ 150. Na Alemanha, o maior consumidor da Europa, o gasto médio por habitante chega a R$ 190. Assim, temos muito o que trabalhar para aumentar o consumo no país”, diz.
Números fornecidos pelo Ibraflor indicam que o Brasil conta com 8.250 produtores de flores e 15 mil hectares de área cultivada (propriedade média de 1,8 hectares). São eles os responsáveis pelo cultivo de mais de 3.500 variedades e de cerca de 350 espécies de flores e de plantas ornamentais. Para comercializar a produção, estão cadastradas cerca de 60 centrais de atacado, 650 empresas atacadistas e 19.240 pontos de venda no varejo. Somam-se mais de 30 feiras e exposições de flores realizadas no país.