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Mercado de estética cresce em meio à crise

Os empreendedores brasi­leiros estão esbanjando cria­tividade para manter de pé os seus negócios em tempos de crise. Porém, diante de tantas dificuldades há setores que ainda respiram aliviados e fa­zem previsões otimistas para o futuro. Entre eles, estão as atividades relacionadas ao segmento da estética.

Os números comprovam que o Brasil é um dos países que mais fatura com o seg­mento de estética no mun­do, sendo superado apenas pelos EUA e China, respec­tivamente os primeiros co­locados. Os dados foram revelados em uma pesquisa realizada neste ano pela As­sociação Brasileira da In­dústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa.

As perspectivas são boas tanto para as empresas, quan­to para o mercado de traba­lho relacionado a este seg­mento. Prova disso é que o Brasil acaba de regulamentar algumas profissões ligadas à estética, entre elas, os cursos de esteticista (superior e téc­nico) e cosmetólogo (supe­rior). (Ver box nessa página).

Segundo Paulo de An­drade Junior, especialista em estética, cosmetologia, nutrição estética e nutrição esportiva e ex-presidente da Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólo­gos (Anesco), o Brasil é o 3º maior país consumidor de produtos e serviços cosméti­cos e o 2º em procedimentos de cirurgias plásticas.

Busca por qua­lidade de vida é um dos fatores que contribui para o cresci­mento do merca­do de estética

A esteticista e cosmetólo­ga Laisa Leão Monteverde diz que a busca por um aumen­to da expectativa de vida da população é um dos fatores que contribui para esse cres­cimento. “As pessoas estão mais preocupadas em enve­lhecer com saúde, buscando sempre ter uma boa apa­rência. Atualmente existem mais formas nas condições de crédito, isso facilita muito para que as clínicas possam investir em aparelhos de alta tecnologia, e consequente­mente uma melhor condição para que as pessoas possam buscar tratamentos estéticos que são menos invasivos e promovem resultados muito satisfatórios. Minha expec­tativa é que o setor continue crescendo”, diz.

Com o aumento da de­manda por produtos e ser­viços, e a especialização do setor, tem crescido a procura pelo aluguel de equipamen­tos altamente tecnológicos, que combatem gordura lo­calizada, celulite, flacidez, envelhecimento e uma inter­minável lista de pesadelos das mulheres.

Desde o início das suas atividades, a Omega Laser, empresa que vende e aluga itens ligados ao mercado da estética, tem comemorado resultados positivos. Atuan­do em Ribeirão Preto há seis anos, a empresa registrou 28% de aumento na venda e aluguel de aparelhos, de ja­neiro a setembro de 2018, quando comparado ao mes­mo período do ano passado.

Laisa Leão Monteverde: As pessoas estão mais preocupadas em envelhecer com saúde, buscando sempre ter uma boa aparência

O proprietário da empre­sa, Ewerton de Favari Margo­nar explica que a opção pela locação abriu um novo leque de possibilidades para as pro­fissionais que já atuavam no setor, mas não tinham condi­ções financeiras para adqui­rir equipamentos de última geração. “O mercado da esté­tica vive um ótimo momento. Nosso diferencial é oferecer, além do aluguel dos equi­pamentos, a capacitação das profissionais para que elas aumentem sua rentabilidade e ofereçam o que há de mais moderno no mercado às suas clientes”, ressalta.

A possibilidade de am­pliar os serviços oferecidos melhorou a rentabilidade da clínica comandada pela fisioterapeuta Juliana Visen­tini. Além de atendimento de fisioterapia, o local ofere­ce tratamentos de estética e reabilitação e viu aumentar o número de clientes de­pois do início do aluguel dos equipamentos.

“Eu alugo equipamentos há um ano e estou muito sa­tisfeita. Além de oferecer as novidades para as minhas antigas clientes vi aumentar o número de pessoas que me procuram para fazer os tratamentos de combate à celulite e gordura localiza­da”, ressalta.

“Com as inovações que vem surgindo a cada ano, nem sempre é possível ad­quirir um aparelho estéti­co assim que lançado, mas existem locais onde há equipamentos de última ge­ração que disponibilizam a locação desses aparelhos. Com isso é possível que quem esteja ingressando nesse universo da saúde, beleza e bem-estar, possa oferecer diversos tratamen­tos com utilização de apare­lhos novos no mercado com preços mais acessíveis, ten­do resultados ainda melho­res e mais conforto para o cliente”, finaliza Laisa Leão Monteverde.

Paulo de Andrade Junior, ex-presidente da Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos: a regulamentação profissional muda a história da profissão

Profissões ligadas à área da estética ganham força
Os profissionais da área da estética têm muito a comemo­rar nos últimos meses. O mercado de trabalho está aquecido e a profissão tem ganhado destaque por meio da ampliação de suas áreas de atuação e, também, pela conquista da regula­mentação, que aconteceu em 2018.

Para Paulo de Andrade Junior, especialista em estética, cosme­tologia, nutrição estética e nutrição esportiva e ex-presidente da Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (Anesco), a regulamentação profissional muda a história da profissão. “Desde 1976 começaram a ser elaborados projetos de lei para a regula­mentação da Estética. Isto também nos coloca como um dos pri­meiros países a regulamentar a profissão, zelando pela formação profissional dos esteticistas para atuarem no mercado de trabalho, com foco na proteção da saúde pública”, diz.

Para ele os profissionais de estética precisam ter um regulamento por parte da Vigilância Sanitária e um conselho de classe profissional específico para fiscalizar a profissão. “Outro desafio é tirar da mentalidade da sociedade que o esteticista é um profissional da área da beleza. Não é! É um profissional da área da saúde, pois sua base de estudo é o corpo humano, e seu instrumento de trabalho é a pele, sendo assim, necessário ter conhecimentos dermatológicos”.

“A concorrência tem sido grande, pois outros profissionais têm entrado na área para praticar procedimentos que antes eram realizados somente por esteticistas, outros ainda, so­mente por dermatologistas e médicos”, aponta Paulo.

Engana-se quem pensa que a procura é somente feminina. O ex-presidente da Anesco diz que a procura dos homens tem aumentado a cada dia e a indústria cosmética tem estudado as particularidades deste público e desenvolvido produtos voltados a este público. “A tendência é que, cada vez mais, os cuidados estéticos façam parte do cotidiano do homem moderno”, finaliza.

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