Tribuna Ribeirão
Economia

Mercado aumenta projeção do IPCA

MARCELO CASALL/AGBR

A previsão do mercado fi­nanceiro para o Índice Nacio­nal de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – indexador oficial de preços no país) des­te ano subiu de 2,05% para 2,12%. Há um mês, estava em 1,78%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda­-feira, 5 de outubro, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2021, a estimativa de inflação varia de 3,01% para 3%. Quatro semanas atrás, também estava em 3%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectati­va permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas proje­ções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.

O cálculo para 2020 está abaixo do piso da meta de in­flação que deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Mo­netário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tole­rância de 1,5 ponto percen­tual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo em cada ano.

Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, es­tabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Mo­netária (Copom) do BC. Para o mercado financeiro, a expecta­tiva é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Há um mês, es­tava no mesmo patamar.

Já a projeção para a Se­lic no fim de 2021 seguiu em 2,50% ao ano, ante 2,88% de quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, igual a um mês antes. Para 2023, permaneceu em 5,50%, ante 5,75% de qua­tro semanas atrás.

PIB e dólar
As instituições financeiras consultadas pelo BC ajusta­ram a projeção para a queda da economia brasileira este ano de 5,04% para 5,02%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,31%. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 19 semanas consecutivas.

Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua projetan­do expansão do PIB em 2,50%. No Focus agora divulgado, a projeção para a produção in­dustrial de 2020 seguiu em baixa de 6,30%. Há um mês, estava em queda de 6,38%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção in­dustrial passou de 4,41% para 4,53%, ante 5,33% de quatro semanas antes. A previsão para a cotação do dólar per­manece em R$ 5,25, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.

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