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Menos de 1% vive na área rural 

Segundo a Fundação Seade, 99% dos moradores de Ribeirão Preto vivem na área urbana e ens de 1% na rural, superior á media estadual (97%) 

Em 2022, dos 698.642 habitantes de Ribeirão Preto, 696.033 viviam na zona urbana (99,6%) e 2.609, na rural (0,4%), segundo estudo da Fundação Seade (Alfredo Risk)

Estudo divulgado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) revela que Ribeirão Preto, a Capital Brasileira do Agronegócio, ex-Capital do Café e da Cana-de-Açúcar, é uma cidade essencialmente urbana. Entre 2010 e 2022, segundo o levantamento, 99% dos moradores viviam na área urbana, enquanto a rural conta com 1%.

Revela ainda que em 2010, do total de 603.774 habitantes, 602.061 residiam na “cidade” (99,7%). contra 1.713 que moravam no campo (0,3%). Já em 2022, dos 698.642 habitantes, 696.033 viviam na zona urbana (99,6%) e 2.609, na rural (0,4%). Em 1925, a população de Ribeirão Preto era de aproximadamente 77.668 habitantes, e a grande maioria vivia e fazendas, sítios e chácaras.

Uma contagem encomendada pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto em 1912 (a primeira aconteceu em 1902) revela que, dos 58.220 habitantes no município, 18.732 viviam na cidade (32,17%) e 39.488 na zona rural (67,83%).

Em percentuais, esses 58.220 habitantes recenseados em Ribeirão Preto incluem-se nos 17,7% com os quais a região da Mogiana pesava na densidade populacional do estado de São Paulo até 1920.

Os números de 1902 a 1912, portanto, indicam que Ribeirão Preto cresceu e seu núcleo urbano encorpou em termos populacionais, ainda que a maior parte da população estivesse distribuída pelas propriedades rurais..

A população base do levantamento da Seade considera os Censos Demográficos do período realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Já em todo o Estado de São Paulo, a média de urbanização passou de 88,6% para 97%.

Paralelamente, a idade média da população rural aumentou de forma mais acelerada do que a urbana. Enquanto a média de idade da população urbana subiu de 33,5 anos, em 2010, para 37,6 anos neste período, no meio rural esse avanço foi maior, passando de 32,9 para 38,9.

Em 2021, revela o estudo, 159 municípios paulistas (25%) apresentavam grau de urbanização maior que 95%. A maioria deles, localizados no eixo rodoviário Anhanguera. Já as cidades com grau intermediário, entre 65 e 95% de pessoas vivendo na zona urbana, localizavam-se mais a oeste do estado

Apenas 63 municípios paulistas (10%) registravam urbanização inferior a 65%, e estavam localizados principalmente na região serrana do Vale do Paraíba, no Pontal do Paranapanema e ao sul do estado. Na última categoria, seis municípios tinham menos de 35% de urbanização, sendo a cidade de Pedra Bela a com mais pessoas vivendo na zona rural.

Já em 2022, a urbanização se intensificou em todo o estado e 197 municípios (31%) apresentaram índice de urbanização superior a 95%, com maior concentração no eixo rodoviário Anhanguera e discreto avanço para a região Oeste.

Apenas 46 municípios (7%), mais localizados na região serrana do Vale do Paraíba, no Pontal do Paranapanema e ao sul, apresentaram proporção inferior a 65% e somente a cidade de Pedra Bela permaneceu com grau inferior a 35%. Lá, apenas 27,1% da população vivem na zona urbana do município.

“A população urbana quase dobrou no período analisado, correspondendo a 43,1 milhões de habitantes em 2022. Esse resultado reflete uma tendência global de concentração da população em áreas urbanas, impulsionada por fatores como oportunidades de trabalho e acesso a serviços”, destaca Paulo Borlina Maia, pesquisador da Fundação Seade.

Estimativa divulgada pelo IBGE em 29 de agosto do ano passado indica que Ribeirão Preto tem 728.400 habitantes, crescimento de 4,26% em relação aos 698.642 moradores de 2023, 29.758 a mais, segundo dados publicados no Diário Oficial da União que apontam o total de pessoas nos Estados e municípios até o dia 1º de julho de 2024.

Os dados do ano passado são do Censo Demográfico de 2022, ano em que não houve divulgação. Em julho de 2021, Ribeirão Preto tinha 720.116 habitantes. Neste caso, o crescimento em 2024 chega a 1,15%. São 8.284 moradores a mais. Eram 711.825 pessoas em 2020, contra 703.293 em 2019. Em 2018 o IBGE encontrou 682.302 “ribeirão-pretanos” na cidade.

A taxa de crescimento da população ribeirão-pretana supera a estadual (3,52%), mas é inferior à nacional (4,68%). Ribeirão Preto é a 29ª cidade mais populosa do Brasil contando com as capitais – sem é a 19ª. É a oitava com mais habitantes no Estado de São Paulo, atrás da capital (11.895.578), Guarulhos (1.345.364), Campinas (1.185.977), São Bernardo do Campo (840.499), Santo André (778.711), Sorocaba (757.459) e Osasco (756.952).

Em relação aos 604.682 moradores do levantamento realizado pelo Censo Demográfico de 2010, são 123.718 “ribeirão-pretanos” a mais em 2024, crescimento de 20,46% em 15 anos. Além de São Paulo, Ribeirão Preto está atrás de outras 17 capitais de Estado em número de habitantes.

Perde para Rio de Janeiro (RJ – 6.729.894), Brasília (DF – 2.982.818), Fortaleza (CE – 2.574.412), Salvador (BA – 2.568.928), Belo Horizonte (MG – 2.416.339), Manaus (AM – 2.279.686), Curitiba (PR – 1.829.225), Recife (PE – 1.587.707) e Goiânia (GO – 1.494.599).

Também está atrás de Belém (PA – 1.398.531), Porto Alegre (RS – 1.389.322), São Luís (MA – 1.088.057), Maceió (AL – 994.464), Campo Grande (MS – 974.537), Teresina (PI – 902.644), João Pessoa (PB – 888.679) e Natal (RN – 785.368).

Está à frente de nove capitais de Estado: Cuiabá (MT – 682.932), Aracajú (SE – 628.849), Florianópolis (SC – 576.361), Porto Velho (RO – 514.873), Macapá (AP – 487.200), Boa Vista (RR – 470.169), Rio Branco (AC – 387.852), Vitória (ES – 342.800) e Palmas (TO – 323.625).

Secretaria – O vereador Daniel Gobbi (PP) defende a criação da Secretaria Municipal da Agricultura. Argumenta que a pasta fortalecerá a posição de Ribeirão Preto como referência nacional e internacional no setor agrícola. Justifica que a cidade, antes conhecida como a Capital do Café, em 2004 recebeu o título de Capital Brasileira do Agronegócio, iniciativa que reconheceu seu protagonismo e importância estratégica para o setor.

Porém, apesar do título de Capital Brasileira do Agronegócio, Ribeirão Preto não aparece em nenhuma lista dos principais municípios produtores de grãos ou pecuária. Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária gerou R$ 120,3 milhões (R$ 120.324.000), contra R$ 131,4 milhões (R$ 131.403.000) do período anterior, queda de 8,43% e R$ 11.079.000 a menos.

A participação ribeirão-pretana no PIB do agro nacional era de apenas 0,02% em 2021, contra 0,03% de 2020 e de 0,28% em 2019. Ocupava o 1.291º lugar no ranking nacional. Os dados mais recentes são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A nova secretaria poderá atuar, também, em parceria com instituições de pesquisa, universidades, cooperativas e entidades do setor, com o objetivo de promover inovação e competitividade. A Agrishow é um ótimo exemplo de como somos fortes”, afirma Gobbi.

Urbanização em  Ribeirão Preto
Em 2010
Total de habitantes
603.774
Zona Urbana
602.061 – 99,3%
Zona Rural
1.713 – 0,3%
Em 2022
Total de habitantes
698.642
Zona Urbana
696.033 – 99,6%
Zona Rural
2.609 – 0,4% 

 

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