Tribuna Ribeirão
Economia

Menor nível da história BC mantém Selic em 6,5% ao ano

Pela sétima vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimida­de, o Comitê de Política Mo­netária (Copom) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano, na primeira reunião do ór­gão do ano, finalizada nesta quarta-feira, 6 de fevereiro. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 19 e 20 de março de 2019 e deve ter sido a última de Ilan Goldfajn no coman­do do BC. Para o próximo encontro, a tendência é de que o economista Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da autarquia, já tenha passado pela aprova­ção do Senado.

Com a decisão de ontem, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajusta­da gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015.

Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. Em comunicado, o Copom informou que a manutenção dos juros em níveis baixos depende do progresso de reformas estruturais da eco­nomia brasileira. Segundo o BC, a percepção de continui­dade dessas medidas afeta as expectativas econômicas.

Em relação ao cenário externo, a nota indicou que diminuiu o risco de inflação provocada por instabilidades na economia internacional. Isso porque fatores como as disputas comerciais e o Brexit – saída do Reino Unido da União Europeia – podem fa­zer a economia global desa­celerar neste ano.

A Selic é o principal ins­trumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2018, o indica­dor fechou em 3,75%, con­tra 2,95% em 2017. O índice de janeiro só será divulgado nesta sexta-feira (8).

Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto per­centual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras di­vulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,94%. A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores bara­teiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa ativida­de econômica.

Dólar sobe 1,11%
O dólar teve a maior alta nesta quarta-feira (6) dos últimos 11 pregões e subiu 1,11%, para R$ 3,7049.

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