O prejuízo milionário sofrido pela Botafogo Futebol S/A, empresa criada para gerir o futebol do clube e o novo espaço construído no estádio Santa Cruz, a Arena Eurobike, assustou o torcedor botafoguense. Entretanto, o déficit parece não ter espantado os investidores.
Em entrevista ao canal do Youtube do jornalista Alexandre Praetzel, Gustavo Oliveira, membro do Conselho de Administração da BFSA, afirmou que os investidores tem ciência que o projeto dará retorno a longo prazo e reiterou que o planejamento inicial é de buscar geração de valor e não lucro.
“O que é uma relação de investimento a longo prazo, e a Trexx se coloca nessa forma para com o Botafogo de Ribeirão Preto, é um investidor que não exige retornar o lucro do que foi investido no curto prazo. O objetivo que a Trexx tem, assim como esse perfil de investidores pode ter em outros clubes maiores como Botafogo do Rio, por exemplo, é muito mais pensando em uma construção de empresa de longo prazo, é gerar valor a empresa e não obter lucros”, afirmou o dirigente.
O mandatário também reiterou que se a empresa obter lucro nos próximos, o valor não será incorporado aos sócios, mas sim reinvestido.
“Muito provavelmente se o Botafogo de Ribeirão Preto tiver lucros num curto prazo, esse lucro não vai ser distribuído, ele não vai ser incorporado aos dois sócios e inclusive ao clube para colocar no bolso. Óbvio que você precisa ter uma discussão, essa é uma ideia minha que preciso encantar todo mundo, mas isso já está razoavelmente discutido. Então, o projeto de longo prazo é que todo e eventual lucro ao final do ano ele é reinvestido para que no longo prazo, daqui dez, quinze, vinte anos uma empresa que valha 20, como a nossa, ela passe a valer 150 milhões. Olha quanto nós ganhamos sem colocar um tostão no bolso”, concluiu.
A Botafogo S/A é composta pelo Botafogo Futebol Clube (BFC), que detém 60% das ações, em sociedade com a Trexx Sports, do empresário Adalberto Baptista, que detém os outros 40%.