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Medicamentos sobem até 5,6% no país

O governo federal autori­zou reajuste de até 5,60% no preço de remédios para este ano, já a partir desta sexta-fei­ra, 31 de março. O aval para o aumento foi publicado em edi­ção extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) em decisão da Câmara de Regu­lação do Mercado de Medica­mentos (Cmed), órgão inter­ministerial responsável pela regulação do segmento.

“As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamen­tos a partir de 31 de março de 2023, nos termos desta resolu­ção”, diz o ato. O percentual de aumento deste ano ficou abai­xo dos praticados em 2022 e em 2021, de 10,89% e 10,08%, respectivamente. O aumento dos preços vai atingir cerca de 13 mil apresentações de re­médios disponíveis no varejo brasileiro.

Para 2023, o ajuste máximo de preços permitido será line­ar. Ou seja, o mesmo índice de 5,60% vai valer para todos os tipos de medicamentos. O percentual anunciado já era previsto pelo Sindicato da In­dústria de Produtos Farma­cêuticos (Sindusfarma). O rea­juste é calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão ligado à Agência Nacional de Vigilân­cia Sanitária (Anvisa).

IPCA
O índice de reajuste anual de preços de medicamentos se baseia em uma fórmula cujo principal fator é o Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA) acumu­lado em doze meses até feve­reiro de cada ano. Esse índice de reajuste repõe as perdas com a inflação e os aumentos de custos de produção.

Segundo o Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada entre o período de março de 2022 e fevereiro de 2023 é de 5,6%. De 2012 até o ano pas­sado, somou 90,24% ante uma variação nos preços dos medi­camentos de 76,79%, segundo o Sindusfarma.

Fórmula
Além do IPCA, a recom­posição anual da tabela de Preços Máximos ao Consu­midor (PMC) de medicamen­tos é calculada por fórmula estabelecida pela Cmed que também considera a produ­tividade da indústria farma­cêutica e os custos de produ­ção não captados pelo IPCA, como variação cambial, tari­fas de eletricidade e variação de preços de insumos.

Este reajuste não é auto­mático nem imediato, poden­do ser aplicado ou não pelas empresas (indústrias farma­cêuticas, farmácias e distri­buidores), de acordo com as estratégias comerciais adota­das por elas. No ano passado, o reajuste dos remédios ficou em 10,89%, o segundo maior desde 2005, atrás apenas dos 12,5% de 2016. O menor é de 2018, de 2,84%.

Idec
Segundo pesquisa divulga­da nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consu­midor (Idec), a diferença entre os preços dos medicamentos pesquisados em relação ao pre­ço teto chega a até 936,39% em valores praticados em compras públicas e a 384,54% nas com­pras realizadas pelos consumi­dores em farmácias.

De acordo com o estudo, os preços teto estabelecidos pela Cmed podem superar os 300% em relação aos va­lores praticados nas compras públicas. Em dez dos onze medicamentos pesquisados, a diferença ficou acima dos 100%. Nos medicamentos de referência, os valores ficaram entre 29,51% (caso do Glifage xr, um antidiabético) e 86,08% (Clavulin, um antibiótico).

Nos medicamentos gené­ricos, a variação ficou entre 384,54% (Omeprazol, um an­tiulceroso) e 91,90% (Atenalol, um anti-hipertensivo). Já para os similares, essa variação fi­cou entre 28,89% (Venzer) e 32,20% (Aradois). O Dolute­gravir Sódico, usado no trata­mento da infecção pelo HIV, que em compras públicas do governo custou R$ 123 a caixa no ano passado, possui preço teto de R$ 1.274,76.

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