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Medicamento varia até 348,62% em RP

AGÊNCIA BRASIL

Uma pesquisa da Fundação Procon de São Paulo (Procon­-SP) – órgão ligado à Secreta­ria de Estado de Justiça e Cida­dania – encontrou diferença de até 969% nos preços dos medi­camentos genéricos e de 166% nos de referência em várias cidades paulistas. Em Ribeirão Preto, o levantamento envolve oito farmácias.

As maiorias variações fo­ram constatadas nos preços do antibiótico Amoxil/Gla­xoSmithKline de 500 miligra­mas (21 cápsulas) e na caixa do anti-inflamatório Nimesu­lida de 100 mg (doze drágeas), segundo a pesquisa da Funda­ção Procon-SP.

O preço do Amoxil, remé­dio de referência, varia de R$ 35,90 a R$ 67,17, diferença de 31,27 e variação de 87,10%. O valor médio na cidade é de R$ 57,36. Já o genérico Nimesulida custa entre R$ 3,99 e R$ 17,90, diferença de R$ 13,91 e variação de 348,62%. O preço médio em Ribeirão Preto é de R$ 10,06.

Segundo a Fundação Pro­con-SP, mesmo assim os gené­ricos estão, em média, 57,05% mais baratos do que os remé­dios de referência. A conclusão é que a aplicação de descontos pode variar de acordo com os locais de mercado, rentabilida­de da loja e condições comer­ciais de compra.

Isso porque grandes redes conseguem comprar quanti­dades maiores dos laboratórios farmacêuticos, com preços mais baixos. Destaca também que a política de venda varia de uma loja para outra dependendo do canal de venda – ponto físico, telefone, site, aplicativo etc.

Por fim, a Fundação procon­-SP conclui que, em Ribeirão Preto, há redes que são regidas pelos sistemas de franquias sem uma política única de preços en­tre os franqueados. Foram anali­sados os preços de 31 a 41 itens, dependendo da loja. As farmá­cias pesquisadas física ou vir­tualmente (sites) na cidade são Drogal, Drogaria Total, Drogão Super, Drogaria São Paulo, Dro­ga Raia, Multidrogas, Drogaria São Carlos e Nissei.

Entre os produtos genéri­cos, a maior diferença de preço foi detectada no município de Presidente Prudente, onde a Nimesulida de 100 mg e doze comprimidos era encontrada a R$ 31,96 em uma farmácia, e a R$ 2,99, em outra – uma dife­rença de 969%.

Na comparação entre os medicamentos de referência, a maior variação foi encontrada na cidade de Guaíra, na macror­região de Ribeirão Preto: o me­dicamento Lasix (Furosemida), do fabricante Sanofi-Aventis, de 40 mg, com 20 comprimidos, era vendido a R$ 23,94 em um local e R$ 9 em outro, uma va­riação de 166%.

A pesquisa coletou os pre­ços em sites das principais redes de farmácias e em 126 lojas físicas do interior e litoral de São Paulo, entre os dias 5 a 7 de junho. “O objetivo deste levantamento anual de preços do Procon-SP é oferecer valo­res de referência para os con­sumidores paulistas e reforçar a importância de se pesquisar os preços em vários estabeleci­mentos antes de comprar”, des­tacou o Procon-SP em nota.

O levantamento também comparou os preços médios dos genéricos com os de referência. Em todos os estabelecimentos, os preços médios dos genéricos estavam mais baratos do que os de referência, sendo que a maior diferença encontrada foi em Praia Grande (65,64%).

Na comparação dos preços atuais com os de doze meses atrás, a Fundação Procon-SP constatou que o valor dos me­dicamentos subiu, em média, 9,84% – acima, portanto, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período analisado, que apresen­tou variação de 3,94%.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que as farmácias e drogarias não podem ultrapas­sar o preço máximo permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Em março, o governo federal autorizou reajuste de até 5,60% no preço de remédios.

A equipe do núcleo de pes­quisas da capital foi a responsável pelos sites e os especialistas dos Núcleos Regionais do Procon-SP, pelos estabelecimentos em Ribei­rão Preto, Araçatuba, Araraqua­ra, Bauru, Bebedouro, Campinas, Guaíra, Jundiaí, Marília, Ouri­nhos, Praia Grande, Presidente Prudente, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Vicente e Sorocaba.

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