Tribuna Ribeirão
Economia

Média do Bolsa Família – Programa exclui 1,47 mi de famílias

Lançado na quinta-feira, 2 de março, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o novo Bolsa Família vai excluir 1.479.915 famílias do pagamen­to de março e outras 694.245 serão incluídas no programa. Com isso, a economia líquida do governo no mês após o início do pente-fino nos benefícios chega­rá a R$ 471,402 milhões.

Segundo o ministro do De­senvolvimento e Assistência So­cial, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, o governo deve desembolsar R$ 14 bi­lhões no mês com o programa assistencial. Ele também decla­rou que, se essa economia for mantida ao longo do ano, será possível poupar R$ 4,7 bilhões nos próximos dez meses.

Não haverá 13º pagamento. “São fortes os indícios de que pelo menos mais um milhão de beneficiários recebem o Bol­sa Família de forma irregular”, diz. Dos 1.479.915 de benefí­cios cancelados, 394 mil são de famílias unipessoais, afirmou a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Úni­co, Letícia Bartholo.

O novo Bolsa Família vai pa­gar, em média, R$ 260 por pes­soa. “Vamos ter uma média de R$ 260 por pessoa, com mínimo de R$ 143. Lá atrás, era de R$ 30 por pessoa”, explica Dias. A Medida Provisória (MP) editada pelo governo prevê que o valor do benefício seja reajustado a cada dois anos.

As leis anteriores do progra­ma e do Auxílio Brasil não pre­viam uma periodicidade para o aumento do valor pago às fa­mílias de baixa renda. Apesar da inovação proposta pelo gover­no, o reajuste pela inflação não está garantido. “Nosso objetivo é interromper uma história de pobreza e o Bolsa Família sendo essa grande âncora”, completa.

O programa é voltado para famílias em situação de vulnera­bilidade econômica e social. Para serem habilitadas, elas precisam atender critérios de elegibilidade, como apresentar renda per capita classificada como situação de po­breza ou de extrema pobreza.

Contrapartidas
Devem ter os dados atualiza­dos no Cadastro Único e não ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e em ou­tras bases de dados federais. Para receber o benefício, as famílias precisam cumprir algumas con­trapartidas, que voltaram na gestão de Lula. No governo Jair Bolsonaro (PL), o Auxílio Brasil não fazia exigências.

As contrapartidas são acom­panhamento do pré-natal para gestantes, manutenção das crian­ças e adolescentes na escola e atualização da caderneta de vaci­nação com todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. Terão acesso ao programa todas as famílias com renda de até R$ 218 por pessoa.

Pagamento
O pagamento do benefício terá início no dia 20 de mar­ço. O governo vai promover condições para que as famílias consigam obter uma renda própria, por meio de parcerias para geração de empregos com carteira assinada ou capacita­ção para empreender.

O programa também terá uma regra de proteção para os casos em que algum integrante da família consiga um emprego, por exemplo. Neste caso, a ren­da da família pode aumentar até meio salário mínimo per capita sem que ela seja retirada de ime­diato do programa.

Além dessa, há uma regra de retorno garantido, que es­tabelece que as famílias que se desligarem voluntariamen­te do programa ou perderem renda e precisarem voltar ao Bolsa Família terão priorida­de de retorno. “Não precisa mais ter medo de assinar a carteira por causa do Bolsa Família”, diz Dias.

“Está no Bolsa Família, con­seguiu trabalho com uma renda maior e que não preenche os re­quisitos, vai ganhar o salário. Lá na frente, ficou desempregado, preencheu os requisitos, volta de novo para o Bolsa Família. É um caminho seguro”, afirma o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Primeira Infância
O texto da MP foi en­caminhado ao Congresso Nacional. De acordo com o programa, todas as famílias beneficiárias receberão um valor mínimo de R$ 600 e serão criados dois benefícios complementares. Um deles, o Primeira Infância, determina valor adicional de R$ 150 para cada criança de até 6 anos de idade na composição familiar.

Renda e Cidadania
Um segundo, o Renda e Ci­dadania, prevê um adicional de R$ 50 para cada integrante da família com idade entre 7 e 18 anos incompletos e para ges­tantes. O valor disponível para pagamento dos benefícios do Bolsa Família vem dos R$ 175 bilhões autorizados pela Pro­posta de Emenda à Constitui­ção (PEC) da Transição.

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