Enquanto os preços dos alimentos que compõem a ceia de Natal dispararam 9,54%, itens geralmente procurados para presentear familiares e amigos nessa época do ano estão abaixo da inflação, segundo estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A pesquisa envolve um conjunto de 50 desses produtos com base nas informações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como flores, joias, livros e roupas. Os dados mostram que esses itens estão, em média, 2,15% mais caros agora do que em 2023, enquanto a inflação até novembro foi de 4,87%.
A boa notícia para consumidores e lojistas é que os preços do varejo mais procurado no Natal – vestuário e calçados, que correspondem a cerca de 40% das intenções de compra desse período, segundo pesquisas históricas da Federação – também estão nesse nível. Os tênis, por exemplo, subiram 1,88% em doze meses, enquanto as bermudas estão 0,76% mais caras. Alguns itens até deflacionaram, como as camisas infantis (-0,34%).
Os números também são positivos para outro setor que ajuda a dar a tônica do Natal: o de brinquedos. Nesse caso, houve redução significativa de 4,46% nos preços – a maior entre todos os produtos da cesta de Natal compilada pela pesquisa –, com destaque para as bicicletas, que caíram 3,93%.
Segundo a FecomercioSP, trata-se de uma conjuntura ideal para o varejo brasileiro, que chega ao fim deste ano com uma taxa de desemprego baixíssima (6,2%, no trimestre encerrado em outubro, segundo o IBGE), massa de rendimentos mais alta (por consequência) e maior disponibilidade de crédito, sobretudo do cartão.
Considerando as várias opções de pagamentos, como parcelamento ou Pix, espera-se que o fim do ano seja de vendas aquecidas no país. Os presentes mais caros no Natal deste ano são flores naturais (15,92%), joias (13,77%) e aparelhos de ar condicionado (11,05%).
No total, 36 dos 50 produtos analisados pela entidade subiram de preço desde ano passado – assim, 14 desses itens estão mais em conta. São os casos, por exemplo, de aparelhos telefônicos (-4,02%), máquinas de lavar roupas (-2,68%) e aparelhos de som (0,63%).