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MEC quer ampliar ensino integral aos anos finais do ensino fundamental

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O Ministério da Educação (MEC) lançará um programa para ampliar o ensino integral. O projeto será levado aos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano. De acordo com a pasta, um projeto pilo­to será implementado em 40 escolas que já ofertam ensino integral no ensino médio. O projeto será desenvolvido ao longo de 2020, em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Con­sed) e com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A ideia é que o programa seja lançado oficialmente em 2021.

A intenção, de acordo com a pasta, é tornar a escola mais atrativa para os estudan­tes. “Se analisarmos o nosso percurso educacional, vamos verificar que, do 5º ano para o 6º ano do ensino fundamen­tal e do 9º ano para a 1º série do ensino médio, perdemos muitos estudantes. Seja por abandono ou repetência”, disse o secretário de Educa­ção Básica, Janio Macedo.

Com a educação em tempo integral, os estudantes passam mais tempo na escola, cerca de 7 horas por dia, e participam de atividades como reforço escolar, esportes, danças, aulas de artes, comunicação e uso de mídias, entre outras atividades.

A ampliação do ensino integral é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), implementado pela Lei 13.005/2014, que estabelece que, no mínimo, 25% dos estu­dantes do país sejam atendidos em jornadas diárias de 7 horas ou mais até 2024.

O último Censo Escolar mostrou que o percentual de matrículas em tempo integral diminuiu no ensino funda­mental, passando de 16,3% de todas as matrículas nas escolas públicas, em 2017, para 10,9% em 2018. Esse percentual che­gou a 19,4% em 2015. Nas es­colas privadas, as matrículas tiveram um leve aumento, pas­sando de 2,1% para 2,2% de 2017 para 2018.

No ensino médio, a situa­ção foi oposta. O percentual de matrículas em tempo inte­gral passou de 8,4% em 2017 para 10,3% em 2018, nas es­colas públicas. Nas privadas, passou de 3,9% para 4% no mesmo período.

O governo federal incen­tiva o ensino integral por meio de programas como o Mais Educação, lançado em 2007. Desde então, o progra­ma passou por reformulações e enxugamentos.

Ensino médio
O MEC informou que vai incentivar o ensino integral em escolas de ensino médio. O objetivo é ampliar de 1.027 escolas para 1.527 o número de estabelecimentos em tem­po integral. “Com isso, a par­tir de 2020, serão ofertadas 40 mil novas vagas do Ensino Médio em Tempo Integral e mais 200 mil novas vagas do Novo Ensino Médio, com o objetivo de ofertar pelo me­nos um itinerário formativo”, disse o secretário de Educa­ção Básica, Janio Macedo.

O ensino médio passará, no país, por reformulações. Pelo novo modelo, ainda em fase de implementação, os es­tudantes têm uma formação comum em todo o país, defini­da pela Base Nacional Comum Curricular, e, no restante do tempo, podem aprofundar a formação em um itinerário formativo nas áreas de lin­guagens, ciências da nature­za, ciências humanas, mate­mática ou ensino técnico.

Para isso, as redes de ensino devem aumentar o tempo de aula. Hoje, a maior parte dos estudantes fica 5 horas por dia na escola. Esse tempo deverá chegar a 7 horas.

Educação infantil
Na educação infantil, o MEC vai reestruturar o Pro­grama Nacional de Reestru­turação e Aquisição de Equi­pamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). “Nossa grande aposta é a restruturação e ma­nutenção do Proinfância para que possamos efetivamente ter um programa para atender a necessidade da educação in­fantil”, disse Macedo.

O programa foi instituído em 2007, para oferecer assis­tência técnica e financeira a municípios e ao Distrito Fede­ral para a construção de cre­ches e pré-escolas, além de aju­dar na aquisição de mobiliário e equipamentos adequados ao funcionamento da rede física escolar da educação infantil. Janio Macedo não detalhou quais mudanças serão feitas.

De acordo com o secretá­rio, a educação infantil é uma das prioridades do MEC para 2020. No próximo ano, a pasta também focará na maior parti­cipação dos professores para a efetiva implementação da Base Nacional Comum Curricular. A base estabelece o mínimo que todos os estudantes brasi­leiros têm direito de aprender na escola, desde a educação infantil ao ensino médio. No ensino infantil e fundamental, a Base Nacional deve chegar em 2020.

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