O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Ribeirão Preto está finalizando acordos políticos para escolher o nome do vice-prefeito na chapa encabeçada pelo juiz aposentado João Agnaldo Donizeti Gandini. A convenção partidária que homologou os candidatos a vereador foi realizada no sábado, 5 de setembro.
Porém, a convenção que vai oficializar os candidatos a prefeito e a vice deve ser realizada até a próxima segunda-feira (14), provavelmente no final de semana. O prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização das convenções partidárias vai quarta-feira, 16 de setembro.
O Tribuna apurou que a demora deve-se a dois fatores. O primeiro é a definição pelo vereador e atual presidente da Câmara, Lincoln Fernandes, do Partido Democrático Brasileiro (PDT), se haverá ou não coligação de seu partido com o MDB nas eleições majoritárias.
Até a semana passada o acordo estava praticamente sacramentado e o nome que deveria ser indicado para vice de Gandini seria o do vereador Orlando Pesoti (PDT). Entretanto, como uma recente pesquisa eleitoral – não registrada – encomendada por um grupo político da cidade revela que Fernandes teria chances de competir com o atual prefeito Duarte Nogueira, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), levando a eleição para o segundo turno.
Por causa disso, Lincoln Fernandes estaria propenso a se candidatar a prefeito. Diante desta indefinição, a coligação acabou empacando. Com o fim da possível aliança com os pedetistas, o MDB teria optado por tirar seu vice de outro partido coligado: o Podemos.
O nome mais cogitado para vice de Gandini seria o de Dulce Neves, ex-presidente da Fundação Dom Pedro II e da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto e ex-secretária da Cultura na gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido).
O problema, neste caso, é que Dulce Neves estaria enfrentando algumas rejeições dentro do MDB pelo fato de ela ter tido, segundo o entendimento de alguns emedebistas, uma relação política e pessoal muito próxima com a ex-prefeita.
Outros nomes cogitados como segunda opção são o do ex-vereador André Luiz da Silva, também do Podemos, ou o da também ex-secretária da Cultura no governo Dárcy Vera, a jornalista e atual presidente interina da Fundação do Livro, Adriana Silva, que também faz parte do Instituto Ribeirão 2030.
Em relação à candidatura de Lincoln Fernandes, o presidente da Câmara ainda não oficializou se será ou não candidato a prefeito. A assessoria do parlamentar diz que o assunto ainda está sendo analisado. A convenção do PDT será realizada neste sábado, 12 de setembro, das sete às dez horas, quando o partido p decidirá se vai entrar diretamente na disputa pelo Palácio Rio Branco.
MDB deve tirar PSL da disputa
A candidatura do empresário Rodrigo Junqueira à prefeitura de Ribeirão Preto, pelo Partido Social Liberal, pode não sair do papel. Conforme o Tribuna apurou, o MBD estaria decidido fazer um acordo com o PSL para tentar vencer as eleições na cidade.
Pelo acordo que estaria sendo costurado pelo presidente nacional do MDB, o deputado federal ribeirão-pretano Baleia Rossi, o partido apoiaria a prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho (PSL), candidata à reeleição naquela cidade. Em troca, o PSL desistira de lançar o empresário Rodrigo Junqueira na disputa pelo Palácio Rio Branco.
O empresário já se lançou como pré-candidato e foi procurado pelo Tribuna, mas não retornou ás ligações ou respondeu às mensagens encaminhadas. A convenção do PSL está marcada para terça-feira, 15 de setembro. Segundo o presidente do MDB em Ribeirão Preto, o vereador Marinho Sampaio, a coligação terá a participação do Podemos, Cidadania, PSL e Partido Republicano da Ordem Social (Pros).
A disputa pela prefeitura de Ribeirão Preto já tem cinco candidatos confirmados em convenções partidárias. Estão na disputa o candidato à reeleição Duarte Nogueira Júnior (PSDB), com Daniel Marques Gobbi (Progressistas) para vice; e Mauro Inácio, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com Mayra Ribeiro completando a chapa.
Também estão na disputa o coronel Luis Henrique Usai, pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), com Sueli Albanezi Gonzalez para vice; fernando Chiarelli pelo Patriota (Patri), em dobradinha com Valter Vanzo Junior, o Sargento Vanzo; e Emilson Roveri, do Rede Sustentabilidade, com Luiz Mariano para vice.
As eleições municipais deste ano foram adiadas de 4 de outubro para 15 de novembro. Nos municípios onde houver segundo turno – cidades com mais de 200 mil eleitores onde o candidato mais votado não alcance 50% dos votos mais um (maioria) –, o pleito será realizado no dia 29 de novembro.
Ribeirão Preto tem 441.845 eleitores aptos a votar em novembro deste ano, segundo dados atualizados e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A quantidade de pessoas que poderão escolher prefeito e vereadores na cidade é 1,48% superior ao eleitorado de 435.369 “ribeirão-pretanos” da última eleição municipal, em outubro de 2016 – são 6.476 a mais.