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Esportes

Matheus Leist se destaca na Indy

A velha máxima do futebol – “treino é treino, jogo é jogo” – tam­bém é bem aplicada no automobilis­mo, mas, ao final dos testes coletivos da pré-temporada da Fórmula Indy (F-Indy), os especialistas já apontam como uma das gratas surpresas do ano a nítida evolução da equipe AJ Foyt. O time trouxe uma nova du­pla de pilotos para 2018, ambos brasileiros: o experiente Tony Ka­naan e o jovem Matheus Leist, de 19 anos, que será o mais jovem do grid nesta temporada.

Depois de encerrar o ano com o 16º e o 18º lugar em 2017, o time de AJ Foyt (lenda do automobilismo norte-americano e recordista de vi­tórias na Indy-500) buscou uma re­formulação total, incluindo, além dos pilotos, boa parte do staff técnico. E nos treinos em três circuitos diferen­tes (nos mistos de Sebring e Sonoma e no oval de Phoenix), o time liderou sessões e teve seus dois pilotos no top-10 em quase todas as sessões – em muitas delas, Kanaan e Leist figuraram no top-5, sendo o melhor time com Chevrolet depois da atual campeã, a Penske.

“Tivemos uma temporada muito animadora. Em Sebring e Sonoma, a gente via pelos tempos e pela com­paração com outros pilotos presen­tes nos testes que nosso ritmo era rápido, mas com todos juntos em Phoenix tivemos a certeza de que estamos competitivos. É importante ressaltar que na pré-temporada nin­guém treinou em circuitos de rua ou ovais longos, então sabemos que há uma longa jornada pela frente. Mas é certo que nosso time fez um excelente trabalho nesta pré­-temporada”, diz Leist, que foi top-5 em Sebring, Sonoma e liderou o primeiro dia de treinos em Phoenix e foi top-5 e top-10 nas sessões seguintes no oval de uma milha.

A ajuda do compatriota e com­panheiro de equipe tem sido fun­damental para esta evolução do time e de sua rápida adaptação de Leist à nova categoria. “É uma gran­de oportunidade em minha carreira poder estreiar na Indy e contar com um mentor como o Tony (Kanaan). O aprendizado é constante e em Phoe­nix pude sentir isso especialmente na sessão final, quando treinamos andar no tráfego. Por três vezes escapei de frente e consegui controlar o carro an­tes de bater no muro, então deu para ver que a margem de erro para buscar o limite é bem menor que o da Indy Li­ghts, por exemplo”, diz Leist, que ven­ceu três corridas na divisão de acesso, incluindo a preliminar da Indy-500.

O chefe da equipe, Larry Foyt, destacou a evolução do time. “Eu não poderia estar mais feliz com o trabalho feito pelo time nos testes coletivos. Fizemos muitas mudanças no time e a categoria também trouxe novidades, como o novo carro, então trabalhamos bastante e ver que já tivemos bom ritmo é bastante sa­tisfatório. Tony andou bem forte nos testes e Matheus fez um grande tra­balho como um estreante”, diz Larry.
Com muito a aprender, ele cer­tamente teve boas lições e é ótimo que ele tenha tido esta experiência, pois vai pagar dividendos enormes quando ele voltar aqui para correr. Este teste mostrou que o carro não é fácil de guiar e os pilotos vão ter bastante trabalho”, emenda. Embo­ra sejam permitidas sessões parti­culares de treinos, agora os times da Indy voltam a se reunir apenas na primeira etapa, nas ruas de São Petesburgo, na costa oeste da Flóri­da, no próximo dia 11 de março.

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