Tribuna Ribeirão
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Matemática – Região terá 1,64 mil presos em olimpíada

Os presídios subordinados à Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) inscreveram 4.075 reeducandos na 15ª Olim­píada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A primeira fase da competição nacional ocorre na próxima ter­ça-feira, 21 de maio, e as provas serão aplicadas nas escolas vin­culadoras instaladas nas uni­dades prisionais. Em Ribeirão Preto e região, 1.640 presos de 13 unidades foram inscritos para participar do exame.

A CRN tem histórico posi­tivo no torneio. Na edição de 2017, o colombiano Edisson Humberto Barbativa Murillo, que cumpre pena na Peniten­ciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” de Itaí, faturou a me­dalha de ouro. Ele, que recebeu a insígnia em janeiro deste ano, foi o primeiro preso na história da Olimpíada a levar o prêmio máximo. Em 2018, nove detentos foram condeco­rados: dois conseguiram prata e bronze e o restante recebeu menções honrosas.

Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em socie­dade, as secretarias de estado da Administração Penitenciá­ria (SAP) e de Educação (SEE) vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a parti­ciparem da Olímpiada de Ma­temática. Realizada pelo Insti­tuto Nacional de Matéria Pura e Aplicada (Impa), a Obmep é uma realidade no sistema prisio­nal paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unida­des penais do Estado.

Neste ano, as provas ocor­rerão nos dias 21 de maio (pri­meira fase) e 28 de setembro (se­gunda etapa). A Obmep premia separadamente alunos de esco­las públicas e privadas. Aos pri­meiros serão concedidas 6.500 medalhas (500 ouros, 1.500 pra­tas e 4.500 bronzes) e até 46.200 certificados de Menção Honro­sa, informa o site oficial do tor­neio. Estudantes de instituições particulares receberão 975 me­dalhas (75 ouros, 225 pratas e 675 bronzes) e até 5.700 certifi­cados de Menção Honrosa.

A divulgação dos vencedores está marcada para 3 de dezem­bro. Premiados com medalha de ouro, prata ou bronze garantem o ingresso em programas de iniciação científica. Presos que não possuem formação esco­lar podem concluir os estudos enquanto cumprem pena, por meio de escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos en­sinos Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionali­zantes e do ensino superior.

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