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Matam os sonhos e querem um mundo melhor

Os sonhos transformam a humanidade, pois são os sonhos que nos tornam seres humanos melhores. As gran­des transformações que ocorrem no mundo sempre nascem dos sonhos, dos sonhos que foram sonhados, e pela força do querer se tornar realidade. Mas, quando por descuido e des­conhecimento começam a matar os sonhos das crianças no inicio das suas vidas, e neste ambiente de construção do um novo ser, a educação infantil, e a fundamental também, dão a sua contribuição para que surjam as frustrações.

Cada geração tem que construir o caminho para as novas gerações, de tal maneira que cada geração seja melhor do que a anterior, e propiciar as gerações mais novas o direito de momentos de não fazer nada, momentos de refletir e sonhar, e fantasiar – construindo personalidades com aspectos huma­nos mais humanos, contribuindo para uma sociedade harmô­nica e mais feliz – mas os ventos sombrios sopram em outra direção, e aquela nação evoluída vai ficando para depois.

As crianças nascem com luz própria, mas encontram um ambiente carcomido por ideias que pararam no tempo, não permitindo que essas novas luzes iluminem e penetrem no âmago das pessoas criando um mundo melhor. No entanto com o passar do tempo, e por falta de uma fonte para a sua alimentação, suas luzes vão perdendo o brilho e chegam à adolescência sem sonhos, sem fantasias e sem esperança.

As famílias e as escolas não estão sabendo lidar com as novas gerações – estão perdidos, e pedem mudanças no Estatuto da Infância e Adolescência, para que tudo volte ao passado quando as crianças não eram consideradas sujeitos de direitos, e, portanto eram submetidos a diversas formas de castigos violentos, praticados principalmente pelas camadas mais pobres, que achavam esses métodos eficientes contribuía para que seus filhos trilhassem “caminho do bem”, mas os métodos violentos só trouxeram sofrimentos e decepções.

No ambiente familiar saímos de oito, para oitenta, a educação repressora e violenta cedeu lugar a uma educação leniente, que não produziu os efeitos desejados. Nas famílias abastadas ocupar o tempo das crianças com infinitas ativida­des, não produz felicidade, apenas mais infelicidade e depres­são, já nas famílias pobres a falta de cuidado e o abandono também produz as mesmas infelicidades e depressão.

Mas na maioria das escolas, tanto pública como priva­da a pedagogia tradicional ainda atua com muita força. As escolas da rede privada se preocupam exasperadamente com os conteúdos, incentivando a competição entre os alunos, e a adoração pelo “deus” mercado, e os jovens vão ficando perdidos achando que a vida é somente a acumulação. Por outro lado as escolas públicas, mesmo sendo tradicionais não conseguem aplicar os conteúdos, e nem preparar seus alunos para o mundo do trabalho – quanto ao “deus” mercado; não faz parte dos seus mundos.

Matam os sonhos das nossas crianças e jovens, e esperam um País melhor!

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