“Havia um ano e meio que eu não ficava ausente dos treinamentos, dos jogos, e agora fiquei praticamente dois meses parado. Estou feliz por ter voltado contra o Internacional, ter feito um jogo consistente por 90 minutos”, afirmou o lateral, que espera ser mantido na equipe após ajudar a defesa a passar ilesa.
“Foi bom não tomar gols. Agradeço ao Palmeiras e ao departamento médico pela paciência que tiveram para me ajudar. Temos três laterais em condições de jogar, então o importante é estar com a cabeça tranquila, apto para ajudar seja entrando no segundo tempo ou começando, além de poder incentivar meus companheiros de alguma forma para readquirir a confiança e voltar a vencer.”
Marcos Rocha é um dos mais experientes do elenco e uma espécie de voz de Abel Ferreira dentro de campo. Aos 34 anos e com 256 partidas disputadas com a camisa do Palmeiras, ele evita se considerar um titular absoluto, mas revela como trabalha no dia a dia e também no campo.
“É continuar com os pés no chão, trabalhando muito, e readquirindo a confiança por meio de conversas, nos treinamentos, para que no jogo você possa fazer as coisas de forma natural”, revelou. “Contra o Inter, chamei o Veiga para conversar, chamei outros jogadores, falei para termos calma, fazer o nosso jogo, o feijão com arroz, para dentro de campo termos a confiança para fazer um lançamento, um passe diferenciado”, disse. “Tivemos só uma defesa do Weverton e criamos quatro oportunidades de gols. É ter essa confiança, tranquilidade, e continuar trabalhando”, destacou.
Como já virou praxe entre os jogadores do Palmeiras, toda proximidade de jogo eles convocam a torcida para, juntos, buscarem um resultado positivo. Para a partida diante do Fortaleza não é diferente. E desta vez veio em forma de apelo. Marcos Rocha sabe que a fase é ruim e pede voto de confiança das arquibancadas pela redenção.
“Queremos muito contar com o apoio do torcedor até o final do ano. Temos duas competições importantes com possibilidade de brigar por título e, sem o apoio deles, será mais difícil”, admitiu. “É agradecer a casa cheia em todos os jogos nos apoiando, famílias, crianças indo ao estádio. É gratificante para nós, sinal de que o nosso trabalho ainda tem credibilidade com o torcedor”, seguiu. “Espero que essa fase possa passar rápido e possamos sair do estádio felizes, comemorando vitórias, e que no final possamos, quem sabe, levantar mais troféus.”
O lateral confia em arrancada no Brasileirão e, ao mesmo tempo, sonha com o terceiro título da Libertadores, na qual o Palmeiras enfrentará o Atlético-MG nas oitavas de final.
“O nosso torcedor está do nosso lado nos apoiando. Ele sabe que é um momento ruim, que vários clubes passam por isso. E nós, depois de três anos, estamos nesse período, mas nada muda no nosso trabalho. A confiança que a diretoria nos passa nos dá tranquilidade para readquirir aquele futebol vibrante que o nosso torcedor acompanhou e que nos trouxe resultados positivos”, enfatizou. “E é legal ter o nosso estádio cheio, o torcedor apoiando do começo ao fim. Quando vêm as cobranças de fora, você sai da zona de conforto. Mas dentro do nosso trabalho, o Abel nos dá tranquilidade para que possamos recuperar a confiança.”