Tribuna Ribeirão
Polícia

Marcelo Odebrecht já está em sua mansão

O empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso há 2 anos e meio em Curitiba, chegou às 15h56 no condomínio Jar­dim Pignatari, no Morumbi. Ele che­gou em um Kia Preto (EXI 7427). Esse mesmo carro já havia entrado e saído do edifício entre 15h15 e 15h35. Nas duas vezes, ele foi cercado por fotó­grafos, mas era impossível identificar os ocupantes.

Mais cedo, por volta das 10h, um morador foi flagrado entrando no Condomínio com um adesivo de apoio à Lava Jato colado no vidro de trás. Sem se identificar, moradores se dizem preocupados com o transtor­no de um morador tão “polêmico” na vizinhança. Uma das preocupações é com a desvalorização dos imóveis do próprio condomínio e com a presença constante e ostensiva da imprensa.

Preso há 2 anos e meio em Curitiba, Marcelo deixou a carce­ragem da Polícia Federal (PF) em um carro descaracterizado às 9h52 desta terça-feira, 19.

O empresário foi levado em um carro da PF para a Justiça Federal onde colocou uma tornozeleira ele­trônica para iniciar o cumprimento de sua prisão domiciliar.

Minutos depois, o empreiteiro chegou à sede da Justiça Federal para uma audiência com a juíza Carolina Lebbos, da 12.ª Vara Federal. A ma­gistrada vai acompanhar a execução da pena de Marcelo.

Na chamada audiência admoni­tória (advertência), aquela realizada quando ocorre suspensão condicional da pena, o juiz de execução relatou ao condenado quais são as condições da nova etapa do cumprimento da pena e as consequências caso ele não siga esses termos.

No caso de Odebrecht, além das explicações, o empreiteiro também recebeu a tornozeleira durante a au­diência com a juíza.

Pelo acordo, ele ficará 2 anos e meio em prisão domiciliar com direito a duas saídas por ano com autoriza­ção da Justiça. Enquanto estiver em casa, o empresário poderá receber 15 pessoas previamente cadastradas e autorizadas no processo. Além deles, parentes em até 4.º grau (primos e tios-avôs) poderão visitá-lo

Depois de 913 dias de cárcere, a saída do empresário ocorre em um momento em que a Odebrecht bus­ca um substituto para o presidente do conselho de administração, Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Quando a Polícia Federal prendeu o empreiteiro em 19 de junho de 2015, a empreitei­ra baiana acabara de ultrapassar o faturamento de R$ 100 bilhões pela primeira vez em sua história. O grupo tinha 170 mil funcionários espalha­dos por quase 30 países.

A saída de Marcelo da prisão tem gerado ruídos na família e na em­presa. O empresário está proibido de ocupar cargos na companhia até 2025, quando terminará sua pena. Apesar da restrição, quem conhece o execu­tivo classifica seu comportamento como imprevisível. Há temor de que ele constranja antigos aliados a infor­má-lo sobre o dia a dia do grupo.

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