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Manifesto defende Justiça do Trabalho

JF PIMENTA/ARQUIVO TRIBUNA

Em meio à polêmica sobre a possibilidade de sua extinção, a Justiça do Trabalho arrecadou para os cofres públicos da União R$ 9,03 bilhões de janeiro a de­zembro de 2018. O montante representa a soma das custas e emolumentos incidentes sobre os processos e multas aplica­das pela fiscalização, além de contribuições previdenciárias e Imposto de Renda devidos por condenações fixadas pelo Judi­ciário Trabalhista.

As informações foram di­vulgadas pela Secretaria de Comunicação Social do Tribu­nal Superior do Trabalho, com base em dados reunidos pela Corregedoria-Geral do TST. O maior impacto na arrecada­ção refere-se às contribuições previdenciárias, que alcançam R$ 8,16 bilhões, seguidas das custas processuais (R$ 430,88 milhões) e do Imposto de Ren­da (R$ 418,97 milhões). Ma­gistrados destacam que esses valores tornam-se ainda “mais significativos se considerado que a arrecadação de tributos e outras receitas federais não constitui a principal atividade da Justiça do Trabalho”.

Sindicatos e entidades da sociedade civil de Ribeirão Preto farão uma manifestação em defesa da Justiça do Traba­lho na próxima terça-feira, 5 de fevereiro, em frente ao Fórum Trabalhista, na rua Afonso Ta­ranto nº 105, na Nova Ribei­rânia, a partir das 14 horas. A Associação dos Advogados de Ribeirão Preto (AARP) integra o “Movimento em defesa da Justiça do Trabalho”, que divul­gou carta aberta à população nesta sexta-feira (1º) em defesa dessa instância do Judiciário.

A extinção da Justiça do Trabalho foi tema de declaração recente do presidente Jair Bolso­naro (PSL). O advogado Juarez Melo, presidente da AARP, ar­gumenta que, apesar de a pro­posta não ter prosperado nas instâncias legais, é necessário que a sociedade seja alertada dos riscos que ela representa. “A justiça é uma instância de me­diação de conflitos. Neste caso, aqueles que envolvem trabalha­dores e empregadores, de todos os tamanhos e origens”, explica.

“Esse é um direito, tanto de quem presta um serviço remu­nerado de acordo com a Con­solidação das Leis do Trabalho, quanto daqueles que usufruem dessa mão de obra. Não é pos­sível admitirmos a usurpação de um direito conquistado há tantos anos”, argumenta. Além da AARP, assinam a carta mais 19 entidades de classe, inclusi­ve de magistrados e servidores ligadas ao Tribunal Superior do Trabalho da 15ª Região (TST-15), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Sindicato dos Servidores Mu­nicipais (SSM/RP) e do Sindi­cato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), entre ourtras.

No documento, elas desta­cam a importância dessa ins­tância trabalhista para garantir os direitos de empregados e pa­trões. “Trata-se de uma instância moderna, a exemplo de países como a Alemanha, que colabo­ra com o desenvolvimento do Brasil ao atender de forma equâ­nime trabalhadores, pequenos empresários e grandes empre­sas”, diz parte do texto.

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