O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo continua aumentando e chegou a 779, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 26 de novembro, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 124 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.
O balanço também indica que 23 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 446 têm fragmentos da substância e 310 são consideradas “limpas”. Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (seis), na Bahia (13), no Piauí (um) e no Sergipe (três). Dentre os locais ainda com óleo, ao menos 33 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues em Pernambuco e Alagoas.
Por unidade federativa, as localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (214), Sergipe (60), Alagoas (50), Pernambuco (21), Rio Grande do Norte (12), Espírito Santo (83), Ceará (sete), Maranhão (nove), Paraíba (uma), Piauí (11) e Rio de Janeiro (uma). Segundo o Ibama, o conceito de “localidade” utilizado no mapeamento “se restringe a uma área de 1 quilômetro ao longo da costa”, isto é, uma praia com dez quilômetros de extensão possui dez localidades.
“Há 16 dias não são encontradas manchas de óleo no mar e, na última semana, 99% das ocorrências correspondem a vestígios de óleo nas praias atingidas”, diz nota divulgada pela Marinha na segunda-feira (25). Em relação à fauna, ao menos 143 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente as tartarugas marinhas (98) e aves (31). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).
A Marinha do Brasil confirmou na manhã desta terça-feira (26) que os fragmentos de óleo encontrados na praia de Santa Clara, em São Francisco do Itabapoana, norte do Estado do Rio, são idênticos aos detectados no vazamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste. O mesmo óleo já havia sido detectado em São João da Barra, também no norte fluminense.