Por Matheus Lopes Quirino
A coletiva Diálogos com Cor e Luz, em cartaz no MAM até setembro, apresenta um recorte da arte abstrata da metade do século 20. Com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães, a exposição resgata o protagonismo histórico do MAM em difundir e apoiar a abstração no Brasil e abrange movimentos importantes, como o concretismo, o abstracionismo geométrico e a Op Art. “É um momento significativo para o museu, quando ele faz 75 anos. Olhamos para a história, e a exposição faz referência, inclusive, à mostra inaugural – Do Figurativismo ao Abstracionismo, de 1949, na qual o crítico francês Léon Degand reuniu só obras abstratas, o primeiro passo para firmar a abstração no circuito”, conta Alves ao Estadão.
São 73 obras espalhadas pelo espaço, que não seguem uma linha cronológica – ou seja, a aproximação das pinturas se dá por afinidades estéticas, como se vê nas paredes onde estão as obras de Cássio Michalany (que acaba de abrir individual na Millan, A Linha pela Ausência) e Paulo Pasta (que vendeu todas as obras de sua individual em pequenos formatos em março).
DANÇA. Já os trabalhos ópticos (Charoux, Palatnik, Mavignier) vão para outra direção. Introduzem o leitor em dança por traços e cores vibrantes. “A cor varia de acordo com a luz, estação; ela se transforma a depender do movimento que o espectador faz com a luz”, observa. “A exposição chega para propiciar uma experiência primária com as cores, pois hoje elas acabam recebendo cargas políticas, ideológicas, que não são delas. Cor é o lugar da imaginação, da expansão”, completa Alves.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.