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Mais um protesto em frente ao palácio

JF PIMENTA-ESPECIAL PARA O TRIBUNA

Um grupo de aproximada­mente 40 comerciantes voltou a protestar, na manhã desta quinta-feira, 23 de março, na praça em frente ao Palácio Rio Branco, sede da prefeitura de Ribeirão Preto, em defesa da flexibilização da quarente­na imposta pela pandemia do novo coronavírus.

A manifestação começou na Esplanada do Theatro Pe­dro II, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico da cidade, onde parte dos comerciantes – a maioria donos e funcionários de restaurantes, lanchonetes e bares – promoveu um ato para pedir a volta do atendimento presencial. A Guarda Civil Me­tropolitana (GCM) acompa­nhou os protestos.

Eles também reivindicavam a manutenção dos empregos, já que o setor tem sido fortemente atingido pela pandemia. Os es­tabelecimentos deste segmento estão fechados há 100 dias. To­dos usavam máscaras e manti­veram o distanciamento. Não foi distribuído nenhum mate­rial e o sindicato da categoria negou conotação política.

Eles pedem a flexibilização dos decretos estaduais e munici­pais que reforçaram as regras de isolamento e distanciamento so­cial e querem reabrir os estabele­cimentos mesmo que sob regras rígidas e severa fiscalização. No dia 15, aproximadamente 30 manifestantes protestaram em frente à prefeitura.

Eles pediam a reabertura do comércio, mesmo com a determinação do governo do Estado que manteve Ribeirão Preto e mais 25 cidades da re­gião na zona vermelha do Pla­no São Paulo – apenas as ativi­dades consideradas essenciais podem atender.

Ao sair da prefeitura, por volta das onze horas da manhã, e entrar em seu carro, o pre­feito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) foi hostilizado e o veí­culo só conseguiu sair da frente do Palácio Rio Branco com a intervenção da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Vários manifestantes tentaram impedir a saída fican­do à frente do carro.

Em nota, a prefeitura de Ribeirão Preto informou que “repudia com veemência os atos descabidos, inconsequen­tes e inaceitáveis praticados por agressores em frente ao Palácio Rio Branco”. Informa ainda que “todos os movimentos foram re­gistrados por meio de imagens filmadas e fotografadas”.

Por fim, garante que “to­dos aqueles que ultrapassaram o limite da livre manifestação e incitaram ou praticaram violên­cia serão identificados e devem responder pelos seus atos crimi­nosos, perante a lei.” Ou seja, os agressores e vândalos serão pro­cessados judicialmente.

A explosão de casos de co­ronavírus, a evolução de mor­tes por covid-19 e a alta taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva levaram o governo do Estado a manter suspensas as atividades comerciais e de pres­tação de serviços não essenciais em Ribeirão Preto e nas demais 25 cidades da área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII).

Ribeirão Preto continua na faixa vermelha do Plano São Paulo, quando apenas os servi­ços essenciais podem atender, e mesmo assim com restrições. A nova quarentena, a sexta desde o início da pandemia, vai até 30 de julho. Uma nova avaliação será anunciada nesta sexta-feira (24), quando o Estado vai informar se a região terá condições de avan­çar de fase – provavelmente para a laranja, que é mais branda.

Entre os serviços que podem atender estão supermercados, padarias, açougues, bares, lan­chonetes e restaurantes (desde que não haja consumo no local), farmácias, drogarias, bancos (seguindo as regras de distan­ciamento e higienização), pos­tos de combustíveis, serviços de limpeza, segurança, transporte (ônibus, táxis e aplicativos) e abastecimento.

O prefeito Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) publicou, na edição do Diário Oficial do Município (DOM) do dia 17, o decreto número 164 que pror­rogou as 17 medidas restritivas elaboradas pelo Ministério Pú­blico Estadual (MPE) até a pró­xima segunda-feira (26). Esta é a quarentena mais rígida na ci­dade desde 23 de março, quan­do o tucano declarou estado de calamidade pública por causa da pandemia de coronavírus.

As 17 medidas foram elabo­radas pelos promotores Sebas­tião Sérgio da Silveira (Saúde Pública), Ramon Lopes Neto (Consumidor) e o urbanismo, Wanderley Trindade (Habita­ção e Urbanismo). O prefeito também manteve as vendas do comércio no sistema “drive thru” – quando o cliente não precisa descer do carro para re­alizar a compra –, mas proibiu o “take out” (pegue e leve) de produtos não essenciais – ali­mentos estão liberados. Tam­bém continua normal o “de­livery” (entrega) de qualquer tipo de produto.

O uso de máscara é obri­gatório em todo os espaços públicos, no transporte, em su­permercados, bancos, loterias etc. As multas para quem deso­bedecer os decretos municipais e estaduais seguem o Código Sanitário de Ribeirão Preto e do Estado e o Código Tributá­rio Estadual e vão de dez a 182 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps, cada uma vale R$ 27,61 neste ano), o que significa valores entre de R$ 276,10 a R$ 5.025,02.

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